Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Consciência Negra

EPSJV promove diversas atividades sobre a cultura negra no mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 04/12/2014 09h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h46

Para marcar o mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu em novembro uma série de eventos dentro do projeto “Atividades Diversas”. O objetivo era trabalhar os conteúdos relacionados à cultura negra em várias disciplinas, abordando os aspectos relacionados a cada uma delas. As atividades foram uma iniciativa do Labform, organizadas pelas professoras Carolina Vianna Dantas (História) e Valéria Carvalho (Sociologia).

Os eventos foram a culminância das atividades realizadas em sala de aula por diversas disciplinas com os alunos do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde e da Educação de Jovens e Adultos. A primeira atividade foi no dia 13 de novembro, quando os alunos do Curso Técnico participaram de oficinas de capoeira e percussão e da oficina “O que há de África em mim?”, na qual produziram cartazes, colagens e pinturas.

No dia 18 de novembro, à noite, os alunos da Educação de Jovens e Adultos, participaram do evento “Consciência Negra: Dos caminhos já traçados aos novos passos!”, no qual foram realizadas oficinas de turbante e Jongo, leitura de poesias negras e contação de mitos africanos.

Para encerrar as atividades, no dia 27 de novembro, foi realizado o Sarau Negro, no Pátio Circular da EPSJV, que teve grande participação e interesse dos alunos. “Eles se mobilizaram muito com a temática e propuseram diversas atividades”, destacou Carolina, destacando que uma das atividades propostas pelos alunos para o sarau foi uma esquete teatral encenando um episódio de racismo sofrido por Joaquim Venâncio, que dá nome à escola, quando os reis da Bélgica visitaram a Fiocruz. “Foi interessante porque eles trouxeram a identidade da escola para a discussão. Eles tiveram muita autonomia para propor as atividades”, completou a professora.

No sarau, houve contação de mitos africanos, recitação de poesias, debates, conversas, além de apresentação de trabalhos dos alunos e a performance “Eu quero ver quando Zumbi chegar.....”, encenada por estudantes da Escola. O sarau foi encerrado por um cortejo de Maracatu.

Segundos as professoras, as atividades sobre o Dia da Consciência Negra também tem o objetivo de ser o início de uma mobilização para incluir a cultura negra no currículo das disciplinas do Ensino Médio, de acordo com o que determina a Lei10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas do país, do ensino fundamental até o ensino médio. “Nosso objetivo era dar visibilidade ao tema e passar a abordá-lo de forma mais articulada entre as disciplinas ao longo do ano”, ressaltou Valéria.

A Lei 10.639/03 também instituiu o Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares.