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Livro analisa a atuação do Banco Mundial nas áreas de educação e saúde

Obra lançada pela Escola Politécnica aborda polêmicas e controvérsias sobre a atuação do banco no mundo.
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 19/03/2015 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h46

 A influência do Banco Mundial na construção de políticas de educação e saúde de diversos países é o tema do livro “A demolição de direitos: um exame das políticas do Banco Mundial para a educação e a saúde (1980-2013)” , organizado por Marcela Pronko e João Márcio Mendes Pereira, e publicado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).

Nascido a partir da Conferência de Bretton Woods, realizada em 1944 para criar propostas de estruturação de uma nova arquitetura econômica internacional que deveria ser iniciada após a Segunda Guerra Mundial, o Banco Mundial, que inicialmente se chamou Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), foi, ao longo de seus 70 anos, ampliando e diversificando suas áreas de influência. “Além do setor de infraestrutura, como energia e transporte, o banco também passou a abranger as políticas econômicas, de habitação, saúde e educação dos países, entre outras áreas. O banco usa o dinheiro do financiamento para difundir e institucionalizar suas ideias econômicas e prescrições políticas”, explica Marcela, vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da EPSJV.

Essa atuação do Banco Mundial é alvo de polêmicas e controvérsias sobre o papel que a instituição desempenha no mundo. “O livro pretende contribuir com o debate sobre o papel político desempenhado pelo Banco Mundial entre 1980 e 2013, principalmente nas áreas de saúde e educação, que se tornaram centrais na pauta de operações do banco nos últimos 30 anos”, observa João Márcio, professor do Departamento de História e Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

A obra analisa os principais documentos do Banco Mundial publicados entre 1980 e 2013 e é organizada em três blocos. O primeiro faz uma análise geral da trajetória do Banco Mundial e seu programa político entre os anos 1980 e 2013. O segundo trata do Banco Mundial na Educação, abordando sua influência na definição de políticas educacionais na América Latina e na reforma educacional no Brasil. No terceiro e último bloco são abordadas as ações do Banco Mundial no setor Saúde e questões como o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e as diretrizes do Banco Mundial e as reformas do setor de saúde.

Além de textos dos organizadores, o livro traz ainda capítulos dos pesquisadores Áquila Mendes (Universidade de São Paulo), Carlos Vilas (Universidad Nacional de Lanús – Argentina), Celia Almeida (Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/Fiocruz), Júlio César França Lima (EPSJV), Maria Betania Oreja Cerruti (Universidad Nacional de Luján - Argentina), Maria Lucia Frizon Rizzotto (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Rosa Maria Marques (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e Susana Vior (Universidad Nacional de Luján – Argentina) e Hivy Damasio Araújo Mello.

O livro “A demolição de direitos: um exame das políticas do Banco Mundial para a educação e a saúde (1980-2013)” já está disponível para download gratuito no site da EPSJV (www.epsjv.fiocruz.br) e para venda na Livraria Virtual da EPSJV (www.epsjv.fiocruz.br/livraria).