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NOTA DE REPÚDIO À PRISÃO DE MANIFESTANTES NO RIO DE JANEIRO

A direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz, vem a público repudiar a prisão arbitrária de manifestantes efetuadas no Rio de Janeiro no último dia 12 de julho. Realizadas sem provas e com caráter preventivo, embora utilizando-se dos meios legais, essas prisões, que têm cunho claramente político, representam um momento preocupante da história do Brasil, em que princípios mínimos da democracia são feridos por agentes e instituições do próprio Estado.

Como representante de uma instituição que nasce no contexto das lutas pela redemocratização do país, a direção da Escola Politécnica expressa sua preocupação com os rumos que têm tomado as ações do Estado na tentativa de conter as manifestações sociais, que são processos não apenas legítimos como necessários para o exercício de uma democracia real. As prisões políticas são, nesse sentido, o ponto de culminância de um processo que tem sido marcado por fortes traços de autoritarismo, expresso tanto na forma violenta como a polícia reprime as manifestações como na falta de diálogo com que governos têm respondido ao também legítimo direito de greve de trabalhadores de diversas categorias.

Contra a reedição de mecanismos ditatoriais que marcam a memória recente do país, a direção da Escola faz coro a outras instituições e movimentos sociais que reivindicam a imediata liberdade dos presos políticos da democracia.

Direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz.

Em 16 de julho de 2014.