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Entrevista

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  • 20/04/2011 0h00 Entrevista

    No dia 7 de abril deste ano, um jovem de 23 anos entrou numa escola pública de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, matou 12 alunos, feriu outros 12 e se suicidou. Isso você já sabe. Além de amplamente noticiado, o episódio foi ‘analisado' e ‘explicado' nas páginas dos jornais e nas telas da TV. Por dias seguidos, psiquiatras, psicanalistas, educadores e mesmo colunistas que falam em nome do senso comum arriscaram julgamentos e diagnósticos clínicos. Médico psiquiatra, com mestrado em Medicina Social e doutorado em Saúde Coletiva, Benilton Bezerra alerta, nesta entrevista, para o perigo de se utilizar "o diagnóstico como explicação" numa situação como essa. Fugindo de fórmulas simples, ressalta a importância de não se fazer uma associação direta entre problemas psiquiátricos e comportamentos violentos e explica as relações que o campo da saúde mental hoje identifica entre o biológico e o social. Abordando as questões diretamente envolvidas no episódio, o professor e pesquisador do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro fala também sobre bullying e mudança de sociabilidade a partir do uso das novas tecnologias de comunicação.

  • 10/04/2011 8h45 Entrevista

    Foi lançado ontem, 28 de abril, pela presidente Dilma Roussef e pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que deverá tramitar em regime de urgência no congresso nacional. Nesta entrevista, realizada antes do lançamento oficial do Programa, Roberto Leher, professor e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, analisa algumas das estratégias que se assemelham aos caminhos seguidos na educação superior — em especial, o financiamento de vagas de educação profissional no setor privado por meio de projetos no formato do Fies (Financiamento Estudantil) e do Prouni (Programa Universidade para Todos).

  • 10/04/2011 8h45 Entrevista

    Logo depois do episódio em que o jovem Wellington matou 12 adolescentes e feriu outros 12 numa escola em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, Edson Saggese leu um editorial de jornal dizendo que era preciso tomar providências. Se pudesse dialogar com o autor, diz, perguntaria que providências seriam essas. Isso porque nada, segundo ele, pode prevenir situações como essas. O que pode ser feito, então? Entre outras iniciativas mais gerais, oferecer uma rede ampla e qualificada de atenção à saúde mental para crianças e adolescentes que procurarem ajuda. O que não pode ser feito? Tentar-se identificar antecipadamente um potencial violento nos indivíduos. Médico psiquiatra, com mestrado em psiquiatria, psicanálise e saúde mental e doutorado em ciências da saúde, Edson Saggese tem grande experiência em psiquiatria infanto-juvenil. Foi o criador do Centro de Atenção Psicossocial da Infância da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também é professor. Nesta entrevista, ele questiona a disseminação da ideia de bullying, discute as relações entre o sujeito e o contexto social e alerta para o equívoco da associação entre criminalidade e saúde mental.

  • 15/02/2011 0h00 Entrevista

    O Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre saúde do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foi divulgado recentemente e revela que a população, sobretudo a parcela que usa os serviços da saúde pública, avalia positivamente o SUS. De acordo com o estudo, isso não significa que os usuários do sistema não tenham críticas; eles querem, por exemplo, mais profissionais atuando. Nesta entrevista, o médico e professor do departamento de saúde coletiva da Unicamp, Gastão Wagner, analisa os dados da pesquisa e conclui: os indicadores "confirmam que o SUS é uma política pública importante e prioritária e que os governos precisam dar mais atenção à saúde". Para ele, os dados indicam também qual deve ser a prioridade para os gestores do SUS: a Estratégia Saúde da Família, em um sistema mais integrado e regionalizado.

  • 10/02/2011 9h45 Entrevista

    Entre a demanda por mais dinheiro e a queixa de que o problema da saúde está na má gestão dos recursos, o atual ministro da saúde, Alexandre Padilha, prefere ficar com os dois — essa é, segundo ele, uma “falsa dicotomia”. A conquista de mais recursos tem a ver com o papel central da saúde na agenda de desenvolvimento do país. Já a melhoria da gestão passa pela prioridade de um sistema centrado na atenção básica mas não engloba a discussão sobre a relação entre público e privado — esse é, na sua avaliação, um debate “ideologizado”. Ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República do governo Lula e ex-diretor nacional de saúde indígena da Funasa entre 2004 e 2005, dentre muitos outros cargos, o médico Alexandre Padilha, vinculado ao Partido dos Trabalhadores, acaba de assumir o ministério da saúde. Nesta entrevista, concedida no dia 4 de fevereiro a Poli e a outras duas revistas editadas na Fiocruz — RET-SUS e Radis —, ele fala ainda sobre as prioridades da formação em saúde, incluindo a situação dos ACS. E, sem fugir das polêmicas, defende a construção da usina de Belo Monte.

  • 10/12/2010 9h45 Entrevista

    Para o sociólogo e pró-reitor de extensão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), José Cláudio Alves, os episódios de violência recentes no Rio são reações a um reanjo do crime ligado ao tráfico de drogas. De acordo com o professor, fazem parte deste conflito as milícias e as facções do crime, mas ao contrário do que a mídia veicula, as pessoas que se vê sendo presas e mortas são apenas a ponta mais frágil do crime. Estudioso do assunto há vários anos, José Cláudio Alves é autor de um livro sobre os grupos de extermínio na Baixada Fluminense.

  • 03/12/2010 9h45 Entrevista

    O mandato de Marcelo Freixo, deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, tem acompanhado todo o processo de ocupação do Complexo do Alemão. Referência internacional na discussão sobre violência e direitos humanos, nesta entrevista ele analisa os episódios recentes e propõe um debate que questiona o modelo bélico de segurança pública, mas sem deixar de levar em conta o desejo da população das favelas de se ver livre da violência das armas. Essa população, explica, é vítima do tráfico e da ausência e truculência do Estado.

  • 02/12/2010 9h45 Entrevista

    Nesta entrevista, a socióloga Vera Malaguti faz uma análise da situação de violência do Rio de Janeiro. Para ela, as últimas ações da polícia do Rio e das forças armadas no Complexo do Alemão demonstram que estamos seguindo aqui no Brasil um modelo fracassado de guerra contra as drogas. Vera Malaguti Batista é secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia e professora de criminologia da Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

  • 22/09/2010 8h45 Entrevista

    Raquel Rigotto, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), participou como palestrante do Seminário Nacional Contra o Uso de Agrotóxicos, realizado de 14 a 16 de setembro na Escola Nacional Florestan Fernandes – Guararema, São Paulo. Coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, pesquisa a relação entre agrotóxicos, ambiente e saúde no contexto da modernização agrícola no estado do Ceará. Nesta entrevista, ela defende o debate sobre uso de agrotóxicos como um tema estratégico e critica a ideia de que é possível utilizá-los de forma segura.

  • 15/07/2010 8h45 Entrevista

    Em 1974, uma holandesa de 21 anos chegou à Bolívia para permanecer por cerca de um ano. O amor por um boliviano e pela cultura do país, no entanto, fez com que ela desistisse de retornar a Holanda. "Eu gosto muito de viver aqui. Fui educada de forma muito rígida, com a idéia de que existe apenas uma forma de se ‘viver bem'", e, na Bolívia, pude conhecer e desfrutar a diversidade de maneiras de ver a vida", conta. Hoje, a pedagoga Ineke Dibbits, diretora da ONG boliviana Taller de Historia y Participación de la Mujer (TAHIPAMU) - que trabalha pelos direitos das mulheres, em particular aos relacionados à saúde -, faz uma importante reflexão sobre a questão da interculturalidade na área da saúde e na formação de trabalhadores para o setor, que está certamente relacionada à sua própria experiência no 'mundo da vida'.