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Sankofa 2ª edição - 2018

O projeto SANKOFA objetiva avançar, instituir e tornar orgânico na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/Fiocruz, os estudos, as pesquisas, as atividades escolares e extra-escolares sobre as questões e relações étnico-raciais. Desta forma, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas/Fiocruz realiza o evento nos dias 16, 17 e 18 de outubro de 2018.

“O conceito de Sankofa (Sanko = voltar; fa = buscar, trazer) origina-se de um provérbio tradicional entre os povos de língua Akan da África Ocidental, em Gana, Togo e Costa do Marfim. Em Akan “se wo were fi na wosan kofa a yenki” que pode ser traduzido por “não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu”. Como um símbolo Adinkra, Sankofa pode ser representado como um pássaro mítico que voa para frente, tendo a cabeça voltada para trás e carregando no seu bico um ovo, o futuro. Também se apresenta como um desenho similar ao coração ocidental. Os Ashantes de Gana usam os símbolos Adinkra para representar provérbios ou idéias filosóficas .Sankofa ensinaria a possibilidade de voltar atrás, às nossas raízes, para poder realizar nosso potencial para avançar.Sankofa é, assim, uma realização do eu, individual e coletivo.  O que quer que seja que tenha sido perdido, esquecido, renunciado ou privado, pode ser reclamado, reavivado, preservado ou perpetuado. Ele representa os conceitos de auto-identidade e redefinição. Simboliza uma compreensão do destino individual e da identidade coletiva do grupo cultural. É parte do conhecimento dos povos africanos, expressando a busca de sabedoria em aprender com o passado para entender o presente e moldar o futuro.

Deste saber africano, Sankofa molda uma visão projetiva aos povos milenares e aqueles desterritorializados pela modernidade colonial do “Ocidente”. Admite a necessidade de recuperar o que foi esquecido ou renegado. Traz aqui, ao primeiro plano, a importância do estudo da história e culturas africanas e afro-americanas, como lições alternativas de conhecimento e vivências para a contemporaneidade. Desvela, assim, desde a experiência africana e diaspórica, uma abertura para a heterogeneidade real do saber humano, para que nos possamos observar o mundo de formas diferentes. Em suma, perceber os nossos problemas de outros modos e com outros saberes. Em tempos de homogeneização, esta é a maior riqueza que um povo pode possuir” (Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana .

Este evento tem como intuito visibilizar e potencializar os estudos e as pesquisas, no tocante às temáticas acima citadas, que já vêm sendo realizadas na EPSJV, bem como: fomentar o debate, promover a reflexão e reivindicar a efetiva implantação das leis 10639/03 e 11.645/08 no Projeto Político Pedagógico da escola e na estrutura curricular, contribuir com a formação continuada dos professores e com a produção do conhecimento teórico-prático e, sobretudo com processo de formação dos estudantes da escola.

Dia 16 de outubro:

MANHÃ (9:30h às 12:30h) / Local: Auditório da EPSJV

Abertura

Mesa 1: “Saberes e práticas na construção do conhecimento afrocentrado"

  • Sonia Ribeiro (Secretaria das Mulheres e Políticas Raciais do Município de Santa Maria da Boa vista - Pernambuco)
  • Carlos Machado (Professor Mestre em História – São Paulo)

TARDE (14:00h – 17:00h) / Local: Salas de aula da EPSJV

Oficinas
- Mídia Digital e empoderamento negro
- Slam das Meninas
- Yoga do ventre
- Mulheres ao Vento
- Caminhos do Macramê ao filtro dos sonhos
- Grafismo indígena
- Estética negra
- Yoni das Pretas
- Ervas Medicinais
- Abayomi
- Adinkra
- Representatividade negra na infância
- Religiões de matrizes africanas e intolerância no Brasil
- Desabafos sobre Racismos

NOITE (18h às 22h)

Oficinas
- Mídia Digital e empoderamento negro
- Slam das Meninas
- Yoga do ventre
- Mulheres ao Vento
- Caminhos do Macramê ao filtro dos sonhos
- Grafismo indígena
- Estética negra
- Yoni das Pretas
- Ervas Medicinais
- Abayomi
- Adinkra

Mesa 2: “Movimento Negro como Educador" (20h30 às 22h)

  • Elizabeth Campos (RedeCCAP de Empreendimentos Sociais para o Desenvolvimento Socialmente Justo, Democrático e Sustentável)
  • Sonia Ribeiro (Secretaria das Mulheres e Políticas Raciais do Município de Santa Maria da Boa vista - Pernambuco)

Dia 17 de outubro:

TARDE (16h às 19h) / Local: Sala 116

Mesa 3: Diálogos Sankofa - “Luta Anti-Racista: A formação de professores e a construção do conhecimento”.

  • Claudia Foganholi (UFF)
  • Pamela Carvalho (Mestranda em Educação da UFRJ)
  • Mariana Truká (Índia do povo Truká, Coordenadora do CRAS-Indígena, e professora)

Dia 18 de outubro:

MANHÃ (9:30h às 12:30h) / Local: Auditório da EPSJV

Mesa 4: “O papel dos territórios na construção e descolonização dos currículos”

  • Mariana Truká (Índia do povo Truká, Coordenadora do CRAS-Indígena, e professora)
  • Valter do Carmo Cruz (Professor Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense)

TARDE e NOITE CULTURAL (14:00h às 22h)

A tarde e noite cultural SANKOFA busca compartilhar e demonstrar conhecimento de alguns dos caminhos que muitos dos nossos grandes nomes da música produziram durante gerações, perpassando ritmos africanos, caribenhos, e latino-africano.
Nossa escolha é pelos gêneros musicais que demarca a intenção de divulgação e reapropriação artística cultural por negros e negras atuantes no  intuito de promover a cultura negra através da sua arte!
Receberemos na EPSJV para essa atividade cultural:

A DJ Bieta, o DJ Buiu, Rodrigo Caê (Dj Set); Apresentações Musicais e intervenções e artístico e culturais dos estudantes da escola.

Exposições Permanentes do Sankofa 2018 (8h às 22h)

1- Ancestralidades e Colorismo;
2- Religiões de Matrizes Africanas e Indígenas;
3- Reinos, Impérios e Confederações Africanas antes da Invasão Européia;
4- “Sou eu, sou eu”! Sou eu? Biografias de atletas negras e negros que marcaram o esporte;
5- Museu dos Pretos Novos.

Venham, participem, compartilhem!

 

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