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Aluna da Escola Politécnica irá participar do Parlamento Jovem Brasileiro

Vitória Rodrigues elaborou um projeto de lei sobre Violência Urbana nas escolas e passará quatro dias como deputada federal em Brasília
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 22/09/2020 12h50 - Atualizado em 01/07/2022 09h42

Pela segunda vez, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) vai ter um representante no Programa Parlamento Jovem Brasileiro. Dos 78 selecionados, Vitória Rodrigues, aluna do 2º ano do Ensino Médio, da habilitação de Gerência em Saúde, foi aprovada em 2º lugar no programa e irá vivenciar na prática o trabalho dos deputados federais, de 11 a 14 de maio de 2021, em Brasília. “É incrível quando você é filho da classe trabalhadora e tem a oportunidade de viajar, estudar e fazer algo que promova um impacto social. Mesmo sendo jovem, de periferia e sem privilégios, eu vi que posso fazer algo pelo meu estado e pelo meu país”, comemora a jovem.

Para participar, os estudantes tiveram que apresentar um projeto de lei (PL). Vitória desenvolveu uma proposta que institui o Programa de Redução dos Impactos da Violência Urbana nas Escolas (REDUVI), visando ao desenvolvimento cívico e socioemocional das crianças e dos adolescentes matriculados nas escolas brasileiras. Segundo a aluna, o objetivo é reduzir os impactos no processo de aprendizagem escolar causados por conflitos violentos no entorno de escolas. Entre diversas ações do PL, a jovem sugere ampliar a capacidade de produções culturais e/ou esportivas para os alunos e promover estratégias de suporte coletivas, com rodas de conversas, palestras e debates entre estudantes realizadas bimestralmente.

“As escolas são locais de ensino e aprendizagem, um espaço onde crianças e adolescentes passam boa parte de seu tempo de desenvolvimento e que são fundamentais para a construção de práticas de cidadania, de coletividade, de solidariedade e diversos outros valores fundamentais para uma sociedade democrática”, diz um trecho do projeto.

O tema do PL foi pensado, de acordo com Vitória, por sua própria vivência: “Eu sofri e vi jovens sofrendo com os impactos da violência no ambiente escolar, perdendo aulas e passando por sofrimentos com os tiroteios. Comecei a pensar que isso não estava certo e pesquisei muito, foi quando eu percebi que isso não é um problema só do Rio de Janeiro, mas sim, do Brasil todo e, principalmente, do Nordeste”.

Vitória ressalta que se inscreveu no programa porque sempre se interessou pelas aulas de legislação e até cogitou fazer Direito para ser técnica legislativa. “Eu queria entender como funcionam as negociações e como você pode se inserir politicamente na tomada de decisão e aprender comoessas relações acontecem”, conta.

Enquanto estiver na Câmara, Vitória irá discutir com outros jovens os projetos que foram submetidos ao programa. “Tomarei posse em outubro e o trabalho só irá terminar quando a viagem acabar. São oito meses e espero poder aprender muito sobre a área legislativa. Quero ainda poder fazer mais amigos, conhecer essa galera e os outros projetos”, destaca.