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Aluno da EPSJV terá conto publicado em livro

Caio César, do 2º ano de Análises Clínicas, teve o conto “Canção de Lágrimas” selecionado no concurso literário "O Museu Oculto dos Warren”
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 17/05/2021 13h21 - Atualizado em 01/07/2022 09h42

“Um mix de alegria e orgulho”. É assim que o estudante Caio César, do 2º ano da habilitação de Análises Clínicas integrada ao Ensino Médio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), define o momento que está vivendo. O jovem participou do concurso literário ”O Museu Oculto dos Warren”, promovido pela editora Cartola, e foi selecionado, no dia 11 de maio, para ter seu conto ”Canção de Lágrimas” publicado em um livro. A ideia do concurso foi reunir em uma publicação diversos contos de vários escritores voltados para o universo do terror, com foco nas histórias envolvendo objetos mal-assombrados conhecidos popularmente, como a boneca Annabelle, que serviu de inspiração para diversos filmes e histórias.

”Canção de Lágrimas” conta a história de um famoso piano assombrado que foi parte de um dos casos mais enigmáticos do universo paranormal, no qual o casal Lorraine e Ed Warren  tiveram sua origem. “É uma família sustentada por um artesão, que fabricava pianos, perdeu toda a riqueza após o surgimento das indústrias e do declínio do trabalho dos artesãos. A filha única da família, personagem principal do conto, faz um pacto com uma entidade espiritual para ter novamente a felicidade de sua família recuperada, porém, após ser enganada pelo espírito, que, na verdade, era um demônio, o que aconteceu à família não foi feliz”, resume o jovem escritor. 

Para Caio, ter em mãos um conto feito com muita minúcia e com tanta riqueza de detalhes e referências foi um dos momentos mais especiais de sua vida. “Sem dúvidas, essa foi uma das melhores experiências e sensações que já tive.  O apoio que tive na Escola por parte de todos os professores, mesmo os de disciplina que fogem do universo literário ou artístico, foi essencial para essa conquista. Além disso, foi indispensável toda a confiança depositada em mim pela minha família”, destaca.

Desde sempre, a escrita e a leitura fazem parte da vida de Caio. Juntamente com o hábito da leitura, o jovem comenta que desenvolveu um gosto muito forte pela escrita, que fazia parte tanto do ambiente escolar quanto do próprio lazer. “Porém, foi nos últimos anos que me dediquei mais fortemente ao ofício de escrever. Isso serve para mim como fonte não apenas de desenvolvimento de alguma habilidade, mas também como forma de entender a realidade que me cerca. A escrita serve como forma de entender o mundo e a si mesmo, é nisso que acredito”, define.

Após ter produzido vários textos e de ter apresentado alguns na EPSJV, como por exemplo, na exposição da disciplina de Artes, no primeiro trimestre de 2020, Caio diz que passou a receber muitos elogios e incentivos dos professores e da família para continuar e perseverar nessa empreitada. "Escrevi desde histórias de cunho filosófico até histórias regionais e de caráter social, porém, houve um momento que, dentro de mim, senti a necessidade de testar-me, de finalmente perceber se o que estava fazendo tinha, de fato, sentido, qualidade”, aponta. 

Caio ressalta ainda a importância da leitura e da escrita para a juventude.  Para ele, o ato de ler e escrever faz parte do ser humano, é como uma extensão do ser. “É através da leitura que nós conseguimos criar e alterar tudo no mundo a nossa volta. Com o uso dessas ferramentas, as pessoas podem quebrar as algemas e correntes da ignorância e da opressão. Pessoas que leem são pessoas que têm consciência do mundo e de si mesmas. Pessoas que tem consciência não podem ser aprisionadas. Viva a leitura e viva os escritores nacionais”, comemora.