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Alunos da EPSJV recebem orientações sobre a gripe H1N1

Vacinação e medidas preventivas são apontadas como as principais estratégias de combate à  doença.
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 06/05/2010 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47


As principais medidas de prevenção contra a gripe H1N1 foram o tema da palestra apresentada na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), no dia 4 de maio, pela coordenadora do Programa de Imunizações do Estado do Rio de Janeiro, Andréia Ayres.



Caracterizada como uma infecção viral que atinge principalmente as vias respiratórias, a gripe é causada pelo vírus influenza. No Brasil, assim como em todo o mundo, os tipos mais comuns de vírus influenza são o A e o B (existe ainda o tipo C). Normalmente, as epidemias e pandemias são causadas pelo tipo A. “No caso da H1N1, os sintomas respiratórios são mais graves, podendo causar o que se chama de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, explicou Andréia.



Como todos os vírus, o influenza também tem uma estrutura genética muito simples, por isso é passível de muitas mutações. “O H1N1 surgiu de uma dessas mutações do vírus influenza e é considerado mais virulento porque tem menos portadores assintomáticos e mais pessoas doentes”, disse. Os sintomas mais comuns da gripe H1N1 são febre, tosse e falta de ar.



Em 2009, a pandemia de H1N1 chegou ao nível 6, quando todos os países já foram atingidos pelo vírus. “De uma maneira geral, tirando o grupo das gestantes, os casos não foram tão graves e a maioria das mortes foi observada em pessoas que já tinham outras doenças”, observou.



Segundo Andréia, em 2010, a maioria dos casos registrados no Brasil até agora estão localizados no Norte do país, região que, em 2009, não foi muito afetada. “No Sudeste, a tendência é que a pandemia seja mais branda. Como houve muitos casos em 2009, as pessoas estão com o que chamamos de imunização ativa, ou seja, quem já teve a doença está imunizado”, explicou.



Prevenção



Para enfrentar a H1N1, o Ministério da Saúde adotou duas estratégias principais: a vacinação dos grupos de risco e a divulgação de orientações para a adoção de medidas preventivas relacionadas ao modo de vida das pessoas.



Para a vacinação, estão sendo convocados os grupos mais atingidos pela doença em 2009, além de trabalhadores dos serviços de saúde. Também serão vacinadas a população indígena, gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças de seis meses a dois anos, adultos de 20 a 39 anos e idosos com mais de 60 anos. “O grande inimigo dessa campanha é o boato. A vacina é muito segura e é um medicamento como outro qualquer, que pode causar reações. O que acontece é que, no caso do remédio, como a pessoa toma quando já está doente, nem percebe se um sintoma se agravar levemente. Já a vacina, a pessoa toma quando está bem, então são percebidas mais claramente as reações adversas”.



Andréia destacou ainda que as pessoas que são alérgicas a ovo devem avaliar a possibilidade de tomar ou não a vacina. “A quantidade de proteína do ovo injetada na região intramuscular é muito menor que a quantidade ingerida quando a pessoa come o ovo. Por isso, a chance de ter uma reação é pequena. Para os alérgicos a ovo, tomar ou não a vacina é uma escolha”.



Para se prevenir contra a gripe, as principais recomendações das autoridades de saúde são: evitar o contato com pessoas gripadas; evitar tocar nos olhos, nariz e boca, pois são locais por onde os vírus entram no organismo; e lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool gel.



Para quem está gripado, é recomendável procurar orientação médica e não se automedicar; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel; evitar ambientes fechados ou com aglomerações de pessoas; evitar apertos de mãos, abraços e beijos; manter os ambientes arejados e não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal. “E quem está gripado tem que ficar em casa, para não transmitir o vírus”, finalizou Andréia.