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Alunos elaboram proposta de intervenção em saúde

Jovens têm a oportunidade de integrar conhecimentos teóricos com a prática
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 31/03/2009 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47

 Intervir com ações de saúde para melhorar a vida das comunidades a partir dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. É isso que os alunos do Curso Técnico de Vigilância em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) fazem com o trabalho de campo realizado nos municípios de Mesquita e Niterói, ambos no estado do Rio de Janeiro.



A atividade foi iniciada em 2008 com o trabalho nas comunidades Vila Ipiranga e Ilha da Conceição, em Niterói, e Banco de Areia, em Mesquita. Este ano, além da continuidade do trabalho nesses locais com os alunos do segundo ano, os estudantes da primeira série irão iniciar a atividades nas comunidades de Nova Brasília, em Niterói, e Rocha Sobrinho e Cosmorama, em Mesquita. “O trabalho de campo permite que os estudantes articulem os conteúdos teóricos e os estudos de caso vistos em sala de aula com as situações reais, fazendo as relações entre a prática e a teoria”, diz a coordenadora geral do Curso de Vigilância em Saúde da EPSJV, Grácia Maria Gondim.



“É bem enriquecedor aplicar a teoria. Às vezes, alguma coisa que pode não ter ficado bem entendida na sala de aula, fica mais clara na prática. O trabalho de campo é essencial para a formação do profissional de Vigilância em Saúde e, com a continuidade dessa iniciativa, poderemos apontar melhorias para a comunidade, respeitando a realidade local”, observa Marcos Vinícius Cabral, aluno do segundo ano e que faz trabalho de campo em Vila Ipiranga (Niterói).



Para a estudante do segundo ano Ana Eduarda Soares, a prática contribui para a melhor compreensão dos conteúdos aprendidos em sala de aula. “Vendo qual é nosso papel na sociedade, fica mais fácil absorvermos os conteúdos. Ganhamos uma experiência profissional e também pessoal, em conviver com realidades diferentes da nossa”, destaca a aluna, que faz o trabalho de campo em Banco de Areia (Mesquita).



Os alunos visitam os locais a cada 15 dias, acompanhados de professores da EPSJV e de integrantes do Programa Médico de Família, em Niterói, ou da Estratégia Saúde da Família, em Mesquita. A cada visita, os estudantes colhem informações sobre o local por meio de instrumentos de investigação elaborados por eles, além de utilizarem questionários e roteiros de entrevistas fornecidos pelos professores. Os alunos também reconhecem o território e colocam em um mapa as informações sobre a estrutura dessas regiões (localização de creches, comércio, escolas, unidades de saúde, áreas de lazer). Os dados coletados são sistematizados pelos alunos, formando um banco de dados de cada comunidade. “O objetivo do trabalho é elaborar um diagnóstico das condições de vida e saúde dessas comunidades para, quando os alunos estiverem no terceiro ano, fazerem uma proposta de intervenção nesses locais”, explica Grácia.



Antes de apresentar a proposta de intervenção, que deve acontecer pela primeira vez em 2010, os alunos irão realizar oficinas para debater com os moradores sobre os problemas das localidades e eleger as prioridades de cada uma. “Com esse trabalho, vemos como funciona na prática a teoria que aprendemos em sala de aula. Lidamos com as comunidades e podemos transformar as idéias em ação”, diz Darlan Santos, aluno do segundo ano e que atua na Ilha da Conceição (Niterói).