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Desigualdade, Saúde e Cidade

Aula aberta do Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde da EPSJV irá abordar o tema, no dia 6 de junho, às 8h30
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 03/06/2016 10h24 - Atualizado em 01/07/2022 09h46

“Desigualdade, Saúde e Cidade” é o tema da aula aberta do Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde (CTACS) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). A aula será realizada no dia 6 de junho, às 8h30, no Auditório Joaquim Alberto Cardoso de Melo, e será proferida por Ana Paula Alves Ribeiro, professora da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ); Gilney Costa Santos, gerente de Educação em Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro; e dois representantes do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, Fabíola de Souza (coordenação Niterói-RJ) e Vitor de Lima Guimarães (coordenação nacional).

“O tema ‘Desigualdade, Saúde e Cidade’ está em sinergia com os nossos esforços de fortalecimento do trabalho do ACS através da compreensão da determinação social da saúde e da produção de um olhar crítico para a atualidade dos diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro em que estão inseridas as equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) das quais os ACS da turma da Escola Politécnica fazem parte”, diz Mariana Nogueira, que faz parte da equipe de coordenação do CTACS.

Formação

A turma atual do CTACS, formada por 33 ACS que atuam em oito municípios do estado do Rio de Janeiro, é a décima que será formada pela EPSJV, que oferece o curso desde 2008 e já proporcionou a formação técnica para 234 ACS no estado do Rio de Janeiro. Em 2011, a EPSJV concluiu a formação da primeira turma de ACS da região Sudeste a fazer um curso técnico. Foram formados ACS que atuam na região de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro. Em dezembro de 2012, a EPSJV concluiu a formação de sete turmas, com a participação de 210 ACS que atuam no município do Rio de Janeiro. Esse foi o segundo grupo de trabalhadores da categoria no estado que recebeu formação técnica completa, conforme determinam os referenciais curriculares do Ministério da Educação (MEC), que regulamentam a formação desses profissionais. A terceira oferta do curso foi concluída em 2014, com a formação de 31 ACS que atuam nos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias (RJ).

Leia mais

Os poucos direitos arduamente conquistados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nos últimos anos correm o risco de retroceder com a publicação da Portaria 958/2016, publicada no dia 11 de maio, que determina a substituição dos ACS por auxiliares ou técnicos de enfermagem. Nessa entrevista, Mariana Lima Nogueira, professora-pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e integrante da equipe de coordenação do Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde (CTACS) da EPSJV, explica por que essa proposta é ancorada em uma série de mecanismos que visam aumentar a precarização do Sistema Único de Saúde (SUS) e do trabalhador, além de ser um grave retrocesso para a democratização do SUS e para mudança do modelo de Atenção Básica. A crítica a essa mudança teve destaque, inclusive, na paralisação nacional que e Confederação Nacional dos ACS (Conacs) e diversos sindicatos organizaram no dia 18 de maio. Alunos do CTACS da Escola Politécnica também participaram de um ato no Centro do Rio de Janeiro em defesa dos direitos dos ACS. No mesmo dia 18 de maio, a Conacs divulgou uma nota com os encaminhamentos propostos pela Confederação, entre eles a suspensão temporária da portaria para discussão e esclarecimentos sobre seus efeitos.