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EPSJV apresenta proposta de curso de qualificação profissional para a Rede Dengue

Curso de Vigilância em Saúde será oferecido a trabalhadores da Fiocruz que moram em Manguinhos.
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 01/10/2009 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47


Pesquisadoras da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) apresentaram um projeto de qualificação profissional em Vigilância da Saúde para trabalhadores da Fiocruz que residem na comunidade de Manguinhos. A proposta foi apresentada à Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) e faz parte das ações da Rede Dengue, uma iniciativa coordenada da VPAAPS com as unidades da Fiocruz, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, com o objetivo de articular as unidades da Fiocruz no enfrentamento da dengue em seu entorno.



A Rede Dengue elabora propostas para o combate e a prevenção da dengue. A EPSJV participa do projeto colaborando em sua área de competência: a educação profissional em saúde. “A rede trabalha em três frentes: a assistencial, pensando no cuidado com os doentes, a prevenção, ligada ao vetor, e a que envolve as condições de vida que causam a dengue. E dentro da rede, cada unidade faz um planejamento. À Escola Politécnica coube a formação dos agentes de controle da dengue”, explica Grácia Gondim, uma das representantes da EPSJV na Rede Dengue, juntamente com Alda Lacerda e Mayumi Wakimoto.



O objetivo do curso apresentado pela EPSJV é qualificar os trabalhadores na área da vigilância em saúde para que possam desenvolver ações de promoção e proteção da saúde no controle da dengue. A proposta é formar 500 trabalhadores da Fiocruz, moradores de Manguinhos. O curso terá 400 horas-aula, alternando aulas presenciais com educação à distância, e inclui ainda um trabalho de campo que tem o objetivo de fazer o diagnóstico das condições de vida e situação de saúde, a territorialização de informações, além do planejamento e propostas de intervenção. “Os trabalhadores serão habilitados a desenvolver em seu cotidiano ações que incidam sobre os determinantes sociais da saúde, em especial, da dengue, para melhorar as condições de vida e saúde local”, diz Grácia. “A previsão é que o curso seja iniciado ainda neste ano. A VPAAPS agora vai definir a fonte de recursos”, completa.



O projeto apresentado à Rede Dengue tem a mesma proposta pedagógica do Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde (Proformar) que, depois de encerrado como ação nacional, será realizado este ano em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro com o objetivo de qualificar 2.280 agentes de endemias.



Como estratégia para promover a formação profissional em Vigilância em Saúde no país, o Proformar foi realizado de 2001 a 2006 em 26 estados brasileiros e qualificou mais de 35 mil trabalhadores do SUS. O programa foi uma ação conjunta da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), elaborou dez livros didáticos, quatro vídeos e formou 1.100 professores/tutores em todo o país.