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EPSJV conclui primeira etapa do curso técnico de ACS

Formação terá continuidade com a realização de mais duas etapas, que devem ser concluídas até 2011.
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 15/07/2009 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47


A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) encerrou, no dia 9 de julho, a primeira etapa do Curso de Educação Profissional de Nível Técnico para Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O curso é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e o Centro de Saúde - Escola Germano Sinval Faria da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CSEGSF/ENSP/Fiocruz).



As aulas foram iniciadas em outubro de 2008 e a turma é formada por 19 ACS que trabalham na região de Manguinhos. O curso oferecido pela EPSJV tem 1.200 horas-aula, divididas em três etapas. A segunda fase está prevista para começar em setembro deste ano e a terceira etapa deve estar concluída até julho de 2011. A partir da segunda etapa, devem se incorporar à turma mais 25 ACS, que também trabalham na região de Manguinhos e que já haviam feito a primeira etapa do curso na Escola de Formação Técnica em Saúde Izabel dos Santos.



“Essa formação é uma oportunidade única e contribui muito para a organização do nosso trabalho, melhora nossa abordagem e o relacionamento com as famílias. Ampliamos nossos conhecimentos e nos tornamos profissionais melhores”, disse o aluno Roberto Silva, que trabalha desde 2004 na equipe que atua no Parque Oswaldo Cruz, em Manguinhos.



O Curso de Educação Profissional de Nível Técnico para Agentes Comunitários de Saúde oferecido pela EPSJV é um projeto piloto de formação completa das três etapas. “Na maioria dos municípios, os ACS fazem uma formação parcial, que inclui apenas a primeira etapa, já que o Ministério da Saúde financia apenas essa primeira parte”, explicou Vera Joana Bornstein, uma das coordenadoras do curso na EPSJV.



“É uma ótima oportunidade fazer o curso porque eu não tinha uma formação mais longa. Quase tudo que eu sabia, tinha aprendido na prática, agora tenho a formação teórica. Além disso, fazemos a formação durante nosso horário de trabalho, o que é uma facilidade para a gente”, disse a aluna Érica Barreto, que atua como ACS desde 2004 no CHP-2 (Centro de Habitação Provisória), em Manguinhos.



Referenciais curriculares



A aprovação dos referenciais curriculares para o curso técnico de ACS, que aconteceu em 2004, regulamentou a formação e a profissão dos ACS. “Antes não havia um padrão para a formação desses trabalhadores. Cada município fazia de uma forma. A partir da aprovação do referencial, passou a ter um parâmetro para a formação do ACS”, observou Vera Joana, acrescentando que com o curso completo, como o oferecido pela EPSJV, são formados profissionais mais bem preparados, de nível técnico, o que pode contribuir para uma melhor remuneração desses trabalhadores.



A primeira etapa do curso técnico de ACS inclui os eixos Políticas de Saúde no Brasil, Território e Saúde, Investigação e Planejamento em Saúde, Educação e Saúde, Trabalho em Saúde, Oficina de Texto, Oficina de Teatro e Prática Profissional. Na segunda etapa, são trabalhados os eixos Estado, Sociedade e Políticas Públicas; Educação e Saúde; Modelos de Atenção em Saúde, Promoção, Vigilância e Cuidado em Saúde; Estratégia Saúde da Família; Informação em Saúde; Investigação e Planejamento em Saúde; Oficina de Texto; Oficina de Teatro e Prática Profissional. A terceira etapa engloba os eixos Estado, Sociedade e Políticas Públicas; Educação e Saúde; Estratégia Saúde da Família; Sistema Municipal de Saúde; Atenção à Saúde; Investigação e Planejamento em Saúde e Prática Profissional.



A coordenadora da saúde da família do CSEGSF/ ENSP, Emília Maria Correia, destaca a importância da formação profissional para o trabalho dos ACS. “Esses trabalhadores são os atores principais das equipes de Saúde da Família porque representam o diálogo entre o saber científico e o saber popular. Esse curso é importante também para a formação da identidade do ACS”, disse Emília.