Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

EPSJV e Inca formam mais uma turma do Curso Técnico de Citopatologia

A formação, que reuniu estudantes de diversos estados do país, teve início em 2020, mas teve que ser interrompida por conta da pandemia de Covid-19
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 15/06/2022 10h42 - Atualizado em 01/07/2022 09h40

Em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) formou, no dia 13 de junho, mais uma turma do Curso Técnico de Nível Médio em Citopatologia. A formação presencial teve início em março de 2020, mas foi interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Com a ampliação da vacinação e a redução dos casos no país, as atividades presenciais foram retomadas, na sede do Inca, em outubro de 2021 com readequação dos espaços físicos e implementações de normas de biossegurança. Nesse intervalo, as aulas foram adaptadas para o formato remoto.

Segundo o assessor da Vice-direção de Ensino da EPSJV, Rafael Bilio, que coordena a cooperação técnica com o Inca, o Curso de Citopatologia está em consonância com os princípios e diretrizes relacionados à Educação no âmbito da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis, com objetivo de mitigar e reduzir os casos da doença pelo país. “A cooperação é muito estratégica para nós, não só por ser com um parceiro extremamente importante e colaborativo como o Inca, mas também por ser realizada em âmbito nacional. Esses alunos levarão o conhecimento adquirido sobre Citopalogia para seus estados”, apontou.

Para o professor-pesquisador da EPSJV, Leandro Medrado, que coordena o curso juntamente com Daniela Santana, do Inca, a pandemia teve um reflexo grande sobre a formação, com a interrupção do curso e a exposição  dos discentes a situações bem difíceis. “É necessário reconhecer o trabalho grandioso realizado pela equipe de docentes do Inca nesse período. Os Citotécnicos são profissionais de extrema relevância para os programas de rastreamento e combate ao câncer no país e acreditamos que a expertise técnica do Instituto faz uma grande diferença na formação”, ressaltou.

De acordo com Daniela, por causa da pandemia de Covid-19, a equipe teve que readequar seus materiais para o ano letivo, considerando o cancelamento, inclusive, das atividades práticas e laboratoriais dos cursos. “As aulas, então, passaram a ser transmitidas remotamente e nós, coordenadores de ensino, acompanhamos essa transição oferecendo orientações e fazendo reuniões virtuais com o corpo docente”, contou, acrescentando que a grande novidade foi o uso do microscópio virtual, com lâminas escaneadas, permitindo que os alunos experimentassem algo parecido com a prática presencial.

Para Daniela, comemorar a formatura dessa turma representa uma vitória perante tantas dificuldades encontradas nesse período pandêmico. “Foi emocionante relembrar os momentos de superação e ver a expressão de alegria e orgulho no olhar de cada um”, lembrou. “Apesar de uma crise sanitária advinda de forma assustadora e imprevisível para uma geração que não tinha experiência com tal situação, os alunos dessa turma conseguiram superar tudo que isso envolveu em relação aos aspectos sociais, econômicos, emocionais e espirituais”, finalizou Rosenice Perkins, supervisora da área de Ensino Técnico do Inca.

Histórico

O Técnico em Citopatologia desempenha um importante papel como integrante da equipe de saúde, enquanto ator fundamental para a ampliação da oferta e cobertura de exames citopatológicos no país. Sua posição estratégica nos serviços de saúde é ressaltada tendo em vista a magnitude epidemiológica, econômica, social e política do câncer no Brasil. 

Em 2010, a formação profissional do técnico em Citopatologia se tornou uma das áreas prioritárias para o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (Profaps) e, nesse âmbito, foram construídas as Diretrizes e Orientações para a Formação do Técnico em Citopatologia. Tanto a EPSJV quanto o Inca participaram da elaboração desse documento e, nesse contexto, foi firmado o 5º Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica nº 225/2005 entre as instituições, visando o desenvolvimento do curso.

O primeiro Curso Técnico de Nível Médio em Citopatologia, no âmbito dessa cooperação, ocorreu na modalidade subsequente em 2011/2012. Em 2013, houve uma reestruturação do curso, que levou ao seu credenciamento junto ao Ministério da Educação e a adequada certificação dos técnicos em Citopatologia por ele formados, atendendo às exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, do Decreto 5.154/2004 e da Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012.