A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) iniciou uma parceria com a Coordenação de Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria de Saúde do município do Rio de Janeiro para apoio no processo de reestruturação da cozinha da Escola. A conversa entre as instituições foi iniciada pela própria EPSJV após receber apontamentos da auditoria interna da Fiocruz e do Conselho Regional de Nutrição em relação ao fluxo de produção e espaços do serviço de alimentação. No dia 24 de fevereiro, a Escola recebeu a visita da Coordenação de Vigilância Sanitária de Alimentos para identificar as necessidades de intervenção para atender todas as especificações sanitárias no bandejão.
Segundo a nutricionista da EPSJV, Taísa Machado, o convite para a parceria foi feito através de um ex-aluno da Escola, Eduardo Laviola, que atualmente trabalha na Coordenação. “O olhar técnico da Vigilância é importante para que a gente pactue o que é possível fazer com a estrutura que já temos. Temos que pensar na nossa falta de espaço e adequar o fluxo da melhor forma possível, com menos intervenções nos espaços da Escola”, destaca Taísa.
Para a coordenadora de Alimentos da Vigilância Sanitária, Carla Magarão, o objetivo da parceria é dar um suporte à Escola para que juntos possam pensar em soluções para melhorar cada vez mais a qualidade da alimentação oferecida na instituição. "A ideia é adequar a estrutura física da cozinha para aprimorar a alimentação que a EPSJV oferece atualmente, que já é de qualidade. Estamos pensando na questão da saúde do trabalhador, organizando a área de produção, de pré-preparo, para assim, melhorar o fluxo de distribuição de alimentos”, afirma. Carla ressalta ainda que todo trabalho tem sido realizado levando em conta o período de pandemia de Covid-19 e enfatizando as medidas de proteção à vida, descritas na resolução conjunta das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde do Rio de Janeiro nº 871/2021. Além de Eduardo e Carla, a visita também contou com o assistente da coordenação, Flávio de Almeida.
Necessidade de mudanças
Taísa conta que, em março de 2019, a Escola já havia recebido um relatório da auditoria interna da Fiocruz sobre a inadequação no espaço de estoque. “Devido à quantidade de alimentos comprados da agricultura familiar, foi apontado que nossa área de estocagem de alimentos estava muito pequena”, contou a nutricionista. Ela lembra ainda que, meses depois, em agosto, o Conselho Regional de Nutrição enviou um relatório técnico à direção da Escola, após uma visita, que apontava problemas no fluxo de trabalho dos funcionários do setor de alimentação e inadequação dos espaços, solicitando também uma ampliação das áreas para um melhor fluxo do processo da cozinha.
A partir disso, Taísa ressalta que a Escola começou a pensar nas possibilidades de intervenções e fez uma ordem de serviço para a Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz (Dirac) para reestruturação do espaço. “Criamos um grupo técnico de trabalho e fizemos reuniões com a equipe de arquitetura e engenharia da Fiocruz em outubro e novembro de 2020”, conta ela.
Em dezembro de 2020, a equipe técnica da Dirac apresentou, em um relatório, um projeto que sinalizou que a Escola precisaria de um espaço maior para a área de serviço da cozinha, ocupando até mesmo, algumas salas de trabalho. Além disso, a Dirac apontou também que não há especialistas de arquitetura e nem engenharia na área de alimentos na Fundação, por isso, a Escola buscou uma parceria externa para solucionar o problema.