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EPSJV oferece atividades de apoio aos estudantes do Ensino Médio

Estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Médio da escola serão selecionados para participar de atividades com o objetivo de minimizar as desigualdades no aprendizado
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 07/04/2021 09h23 - Atualizado em 01/07/2022 09h42

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) está promovendo, desde o fim de março, atividades de apoio aos estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Médio. As atividades são coordenadas por professores-pesquisadores da Escola em encontros remotos com alguns estudantes, podendo ser individuais ou coletivos, dependendo das dificuldades de aprendizagem ou de adaptação às atividades remotas. Em julho, serão feitas novas avaliações para verificar a necessidade de incluir novos estudantes nos encontros.

A preocupação de criar atividades de apoio surgiu na EPSJV ao longo dos últimos anos, a partir da necessidade de ampliar suas estratégias de defesa do direito à educação pública, gratuita e de qualidade. Segundo a coordenadora geral do Ensino Técnico, Ingrid D’Ávila, uma das expressões da defesa da educação, no que se refere ao ensino médio integrado, tem se dado a partir da democratização do processo seletivo da Escola. “Todas as mudanças relacionadas à democratização do acesso à Escola precisam ser materializadas por estratégias que ampliem as condições de permanência dos estudantes na instituição. Nesse sentido, estratégias de apoio escolar, seja pela composição de pequenos grupos ou mesmo pela individualização do processo educativo, são fundamentais”, ressalta, acrescentando que atividades com essas características já vinham ocorrendo na Escola de forma menos sistematizada, a partir da iniciativa e protagonismo de alguns docentes.

A professora-pesquisadora da EPSJV, Carolina Dantas, conta que, após as reuniões de conselho de classe realizadas em fevereiro deste ano, os docentes identificaram alguns alunos com dificuldades de aprendizagem. Sendo assim, os professores receberam um formulário para informar quem eram esses alunos e quais as demandas trazidas por eles para que pudessem decidir também se iriam oferecer atividades de forma individual ou em grupo. “Além disso, cada professor fez um levantamento dos principais conceitos que determinado estudante não aprendeu ou aprendeu parcialmente, as habilidades que ele deveria ter desenvolvido e não fez ou fez parcialmente, os conteúdos essenciais dentro do que ele deu que são pré-requisitos para outros conteúdos, dificuldades em geral e as habilidades que a gente já percebeu que esses alunos têm, sobretudo, para as turmas de 2º ano, que já conhecemos há mais de um ano”, explica Carolina. Ela destaca ainda que os professores podem realizar um trabalho integrado: “A ideia também é tentar, ao máximo, identificar dificuldades que atravessem várias disciplinas para que esse apoio possa ser integrado e não sobrecarregue o aluno. Muitas vezes, identificamos que o aluno tem um conjunto de dificuldades com leitura e escrita que perpassam várias disciplinas”.

Para ela, a iniciativa é uma proposta de apoio escolar que vai além da explicação de conteúdo. “Tem aluno que precisa, de fato, de uma explicação novamente, precisa que aquele conteúdo seja apresentado com outros materiais para ele. Mas também vamos além disso. Na verdade, essa é uma proposta de ampliar a inclusão na escola. Tem estudantes que precisam de aprendizados que deveriam ter tido lá no ensino fundamental e têm outros que precisam de um outro tipo de acompanhamento, que é de adaptação e flexibilização curricular”, conclui Carolina.