Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

EPSJV participa de reuniões com Ministério da Saúde

Objetivo dos encontros foi discutir possibilidades de parcerias e contribuições da Fiocruz para a área da Saúde
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 27/01/2023 14h24 - Atualizado em 20/10/2023 15h26

A Direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) participou, no dia 24 de janeiro, de reuniões com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde (MS). O objetivo foi discutir a possibilidade de parcerias e contribuições da Fiocruz para a área da Saúde.

No encontro com a SGTES, estiveram presentes a diretora da EPSJV, Anamaria Corbo, a vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Escola, Monica Vieira; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado; a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio; a coordenadora geral de Pós-graduação da Fiocruz, Cristina Guilam; o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz),  Marco Menezes;  a vice-diretora de Ensino da ENSP/Fiocruz, Enirtes Caetano; a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Isabela Cardoso e a chefe de gabinete da Secretaria, Laize Andrade.

Durante o primeiro encontro, Anamaria e Monica apresentaram a EPSJV e as distintas possibilidades de cooperação com o Ministério para a formação dos trabalhadores de nível médio do SUS. De modo a contribuir com as necessidades de maior urgência, segundo o relatório final do Grupo Técnico da saúde, a direção da EPSJV apresentou as propostas de especialização técnica em Radioterapia, para os técnicos de Radiologia, e a formação dos trabalhadores de nível médio para o retorno das altas coberturas vacinais em conjunto com as Escolas Técnicas do SUS. "Debatemos ainda sobre a necessidade de uma maior articulação com o Ministério da Educação, no que diz respeito a uma análise das diretrizes curriculares nacionais dos cursos técnicos em saúde, e ao maior fortalecimento e ampliação da formação técnica integrada ao ensino médio; e com assessoria internacional do Ministério da Saúde, para o fortalecimento das nossas Redes", comentou Anamaria.

Outros temas também foram destaques na reunião, como as necessidades de conhecer o estado da arte do Programa Saúde com Agente; de fortalecer e incentivar o trabalho em redes para formação na área de educação profissional com instituições públicas (institutos federais, escolas técnicas e escolas de saúde pública) que formam trabalhadores de nível médio; e de se pensar em como pautas como racismo, gênero, etarismo e capacitismo podem ser incorporadas aos currículos. “Esse momento de retomada precisa tornar visível uma pauta estruturante com a identificação de prioridades para o fortalecimento do campo do trabalho e educação em saúde”, ressalta Mônica, “pois os aprendizados dos últimos anos, em especial na pandemia, impõem colocar o trabalhador de saúde no centro do debate permitindo assim definir uma agenda integrada que contemple ações que considerem a saúde do trabalhador, a gestão do trabalho, a regulação e a qualificação profissional”, completa.

Em seguida, os representantes da Fiocruz se reuniram com Mauro Sanchez, diretor de programa da SVSA. Essa reunião teve como foco as possibilidades de cooperação na área de vigilância em saúde. Um dos pontos abordados foi a necessidade de maior integração entre Vigilância em Saúde com Atenção Primária. Anamaria e Monica apresentaram algumas propostas da EPSJV para essa área, além da formação para o retorno das altas coberturas vacinais, também discutido com a SGTES, a organização de cursos voltados para a saúde indígena, saúde ambiental, vigilância e promoção da saúde para populações vulnerabilizadas e vigilância e educação em saúde para enfrentamento de novas emergências sanitárias.

Para Anamaria, é o momento de criar e reconstruir ações e políticas públicas para o fortalecimento do SUS. “Nesse sentido, a Fiocruz tem sido muito demandada para ajudar na reconstrução da saúde, com a articulação de outras secretarias e ministérios. E é nosso papel contribuir, a partir da produção de conhecimento que temos”, ressaltou. Ainda segundo a diretora da EPSJV, dados do Observatório dos Técnicos em Saúde da Escola revelam que os trabalhadores de nível médio perfazem 59% dos trabalhadores da saúde, e que destes, 87% está no SUS, sendo formados, majoritariamente, em instituições privadas e, para reverter esse quadro, é preciso criar uma grande rede pública de Formação Profissional em Saúde. “Temos que trabalhar integrados, fortalecendo outras unidades da Fiocruz e outras instituições públicas de formação, como as escolas técnicas, as escolas de saúde pública, as universidades, as escolas técnicas vinculadas às universidades e os Institutos Federais. Nosso mestrado pode contribuir bastante, no âmbito nacional, para esta construção”, concluiu.