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EPSJV promove atividades de acolhimento para os estudantes do Ensino Médio

Música, dança e roda de afetos e sentidos foram as oficinas oferecidas aos alunos durante a entrega dos kits de alimentos do mês de junho
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 17/06/2021 14h39 - Atualizado em 01/07/2022 09h42

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, no dia 16 de junho, diversas atividades presenciais de acolhimento para os estudantes do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde (CTNMS). As atividades aconteceram de forma simultânea à distribuição dos kits de alimentos do mês de junho e obedeceram todas as medidas de segurança e prevenção da Covid-19. “Esse projeto nasceu de uma preocupação com o momento que esses jovens estão vivendo, com as consequências políticas e sociais da pandemia, que fazem com que a perspectiva de futuro, para eles e para todos nós, esteja comprometida e sofrida”, ressaltou a professora-pesquisadora da Escola, Nina Soalheiro. 

A professora-pesquisadora da EPSJV, Ariadna Patrícia Alvarez, contou que a ideia de realizar essas atividades surgiu durante a campanha da nova direção da EPSJV, quando foi mapeada uma possível demanda de acolhimento aos estudantes do CTNMS. Segundo ela, profissionais que compõem o Grupo de Trabalho em Saúde Mental trouxeram a percepção de que acontecem situações de sofrimento com estudantes da EPSJV e que isso não seria uma questão individual, mas sim, coletiva, para todos que estão vivendo a pandemia e seus efeitos. “E, no caso dos estudantes, atravessada por fatores como adolescência, juventude e as perspectivas de futuro, além de certo peso em corresponder às exigências colocadas pela própria formação”, aponta Ariadna.

A professora-pesquisadora da EPSJV, Grasiele Nespoli, destacou que esse grupo de trabalhadores da Escola tem pensado em como iniciar um processo de construção de um espaço de convivência, que possa ser também um espaço de cuidado e de formação humana a partir de uma perspectiva crítica. “Os jovens carecem desse espaço de formulação de si, da sua identidade, de compreensão da relação de cada um com a forma de organização da vida social”, explicou. E completou: “Então, a gente pensou, nesse primeiro encontro, para construir esse espaço de convivência, composto de atividades que possam ter caráter de produção do bem viver, de promoção da saúde, de desocupar a mente, de poder relaxar e, ao mesmo tempo, de elaboração e construção de relação com as coisas da vida que nos afetam”.

Atividades

Ariadna foi uma das responsáveis pela atividade “Papo Musical com Intervalo”, que teve como objetivo criar um canal de compartilhamento das canções de cada participante e uma teia sonora que possa trazer conforto, segurança, afeto e cuidado entre eles. “Nesse ambiente sonoro, podemos construir juntos nossos encontros de afetos”, ressaltou a professora-pesquisadora.

Já na atividade “Roda dos afetos e sentidos”, a ideia foi promover um espaço de experimentação, trocas e elaboração de afetos e sentidos. “É uma proposta de fazermos um acolhimento com os estudantes. Ouvi-los e compreender os afetos, sensações e sentimentos que têm ocupados os pensamentos e os corpos deles nesse momento de pandemia”, contou Grasiele, explicando: “Nossa ideia foi trabalhar com óleos essenciais e aromaterapia, para despertar uma relação entre o olfato e a memória, resgatando os sentimentos nessa quarentena”.

Para Nina, a atividade "Dançando na Escola" remete à dança como um canal de expressão, produção de alegria, afeto e reconexão com o corpo. “Essa ideia surge com uma parceria com a Renata Vasconcelos, uma dançarina que tem uma formação muito sólida em termos de saúde, dança e práticas corporais. É uma tentativa de experimentar outras possibilidades não virtuais para acolher os alunos e possibilitar a eles essa reconexão com alegria de criar e dançar”, disse.

“Essa foi uma primeira experimentação, um convite para estarmos juntos, convivendo, com arte, cultura, trocando afetos, buscando todos cuidar de nós mesmos e uns dos outros. Partindo da ideia do ’nada sobre nós sem nós’, as atividades terão continuidade de acordo com a participação dos estudantes e familiares”, disse Ariadna, acrescentando que a ideia é que essas atividades aconteçam todos os meses junto com a entrega dos kits de alimentos que são distribuídos mensalmente aos estudantes durante esse período de suspensão das aulas presencias devido à pandemia de Covid-19.