Em parceria com a Associação de Doulas do Rio de Janeiro (Adoulas-RJ), a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, no dia 20 de julho, a oficina multidisciplinar “O registro da Doula: limites e potências”. O objetivo do encontro, que reuniu doulas e outros profissionais da saúde, foi refletir e problematizar sobre a produção de registros e informação pela doula no contexto da rede de atenção à saúde, com destaque para o ambiente hospitalar e a atenção primária. A oficina é uma das atividades previstas em um projeto, financiado por uma emenda parlamentar, sobre a qualificação e pesquisa de doulas.

Realizada em formato híbrido, a atividade foi conduzida pelas professoras-pesquisadoras Bianca Leandro e Morgana Eneile e contou com a participação do também professor-pesquisador José Mauro Pinto, que falou sobre o tema de Informações e Registros em saúde, articulando com a prática do registro para a doula. Além disso, José Mauro apresentou resultados preliminares da pesquisa Mapeamento de Doulas, também realizada pela EPSJV/Fiocruz.

Segundo Bianca, a temática da oficina surgiu a partir de discussões no Curso de Doulas, desenvolvido pela EPSJV/Fiocruz, no qual há um debate sobre a produção de registros e informações das doulas. “Importante indicar que entre as funções da doula, uma se refere justamente ao suporte informacional à pessoa gestante. Além de refletir sobre tal aspecto, a oficina também buscou subsídios importantes de serem considerados ao se pensar a produção de informações e registros no contexto do SUS, seja para a visibilidade da profissional, como também para a visibilidade da doulagem no contexto do SUS [Sistema Único de Saúde]", afirmou a professora-pesquisadora.

Ainda segundo Bianca, nos próximos meses, será divulgado o relatório da oficina. “Esse instrumento vem se somar à luta e à discussão qualificada a respeito da profissionalização e da educação profissional para essa categoria”, concluiu.