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EPSJV promove semana de acolhimento para estudantes do ensino médio

Atividades marcam início do ano letivo 2021 e o retorno gradual e seguro das aulas presenciais
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 19/08/2021 08h21 - Atualizado em 01/07/2022 09h41

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) realizou, de 9 a 13 de agosto, a Semana de Acolhimento para os estudantes do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde, das habilitações técnicas de Análises Clínicas, Biotecnologia e Gerência em Saúde. “Essas atividades marcam o início do ano letivo de 2021, nesse outro momento da pandemia que ainda estamos atravessando. A semana foi pensada como um espaço e um momento para os estudantes do 1º ano, que estão chegando à Escola pela primeira vez, e para o retorno dos estudantes das outras séries que estiveram afastados por meses do espaço físico escolar”, explicou Ariadna Patrícia, professora-pesquisadora e coordenadora do Espaço de Convivência do Poli.

Ariadna ressaltou que a EPSJV está seguindo todos os protocolos de segurança sanitária e que a Escola entende que a saúde mental é importante, por isso, planejou um espaço de acolhimento, troca e fortalecimento de vínculos e afetos. “Nesse sentido, a semana é tanto uma continuidade de uma ação, iniciada em junho, com as rodas de acolhimento durante a distribuição dos kits de alimentação, quanto uma novidade, porque abrimos para que outros profissionais da escola pudessem ofertar atividades”, contou. E completou: “Queremos promover momentos de alegria na vida escolar. A gente sabe que a escola é um lugar em que a gente passa boa parte de nossas vidas e é na escola que muitas amizades se fazem e se perpetuam por muitos anos, então queremos que essa experiência seja a melhor possível”.

Programação recheada de atividades

No primeiro dia, os estudantes do 1º ano foram recebidos na Escola para participarem de uma roda de conversa, na Praça Luiz Fernando Ferreira, um espaço aberto que será priorizado para a realização de atividades com os estudantes. Na ocasião, os integrantes do Grêmio Politécnico também distribuíram o Manual do Calouro. Na parte da tarde, houve uma reunião com pais e responsáveis. 

Para o estudante do 2º ano do ensino médio, da habilitação de Análises Clínicas, e integrante do Grêmio Politécnico, Caio Fernandes, mesmo com as limitações da atual conjuntura pandêmica, a EPSJV conseguiu realizar um encontro bem bacana e acolhedor para esses novos alunos. “Nesse primeiro dia, conversamos sobre os cursos, o ensino médio, apresentarmos a coordenação e o atual grêmio. Criamos um espaço acolhedor para eles poderem, pelo menos, ter esse primeiro contato com a escola e seus colegas de classe, visto que eles passarão alguns meses tendo aulas remotamente e, talvez, não teriam outra oportunidade como essa até a volta ao ensino presencial”, contou Caio.

Em relação às aulas presenciais, Caio disse que voltar ao ensino presencial permitirá a volta das aulas práticas, principalmente das turmas do último ano, tão importantes para a formação técnica desses alunos. “Estamos ansiosos pela volta. Rever amigos, professores e voltar àquela rotina agitada de antes é o nosso desejo. Porém, ainda compartilhamos medos, até porque os números de casos parecem aumentar a cada dia, tornando os próximos passos ainda mais incertos”, lamentou.

Continuando a programação, no dia 10, terça-feira, foi realizada a Aula Inaugural, com o tema "A Educação como Encantamento". O evento virtual contou com a participação do escritor, professor e compositor Luiz Antonio Simas.

Já no dia 11, quarta-feira, pela manhã, os estudantes participaram de oficinas do jogo "Semeando o Cuidado" e do Intervalo Musical. Na parte da tarde, aconteceu uma oficina de música. 

No dia 12 de agosto, aconteceu a Roda de Afetos e Sentidos, na parte da manhã. Segundo a professora-pesquisadora Grasieli Nespoli, que coordenou a atividade junto com a também professora-pesquisadora Marise Ramoa, a ideia foi promover o acolhimento para pensar os sentimentos dos estudantes em relação à pandemia e ao retorno deles para a escola. “O distanciamento da escola e a aula de forma remota geraram muita angústia, ansiedade, solidão e saudade, mas o retorno também gera insegurança, ainda que o desejo de estar aqui seja muito grande. A escola é um espaço muito importante de sociabilidade na vida desses jovens”, afirmou Grasiele. 

Nessa atividade, as professoras trabalharam com aromaterapia e óleos essenciais antes das conversas. Grasiele explicou que a prática atua numa região do cérebro que é responsável pelas emoções. “É muito comum a relação de lembrar das coisas em função do cheiro. Além disso, os óleos, ao alcançar o sistema límbico, regulam os afetos e as emoções das pessoas”, destacou. Na parte da tarde, houve uma oficina de Mosaico, em que os estudantes fizeram desenhos com azulejos que ficarão no pátio da Escola.

Na sexta-feira, 13 de agosto, foi realizada a oficina “Equilíbrio do corpo e da mente”, pela manhã. Em seguida, aconteceu o acolhimento on-line dos estudantes das turmas do 2º, 3º e 4º anos. Na parte da tarde, a Semana de Acolhimento foi encerrada com as oficinas de Mosaico e “Dançando na Escola”.

Para Nicolas Vicente, estudante do 4º ano do ensino médio, da habilitação de Gerência em Saúde, a semana de acolhimento foi um momento de muita felicidade, depois de mais de um ano sem contato com a escola e os amigos. “Estou muito feliz de estarmos voltando. Foi legal matar a saudade da energia dessa escola e ver pessoas que não via há um tempão”, comemorou o jovem.

A caloura Mariana Sombra, estudante do 1º ano do ensino médio, da habilitação de Gerência em Saúde, afirmou que ficou impressionada com as atividades que a escola promoveu: “Vejo muita liberdade aqui. É bom poder me expressar em um lugar que ouve a gente e tem uma estrutura fantástica”. Outra caloura do 1º ano do ensino médio, da habilitação de Gerência em Saúde, Bruna Dantas, corroborou: “Nunca me senti tão confortável. É muito legal essa experiência e tem sido muito gratificante esse jeito que a escola conseguiu de estimular os alunos a estarem mais tempo aqui”.