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EPSJV/Fiocruz promove Assembleia Geral Ordinária

Encontro é mais uma etapa do Planejamento Estratégico Situacional (PES) 2022-2025 e teve como objetivo subsidiar a etapa de priorização das ações estratégicas
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 20/04/2023 09h26 - Atualizado em 20/10/2023 15h29

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) reuniu os trabalhadores, no dia 12 de abril, em uma Assembleia Geral Ordinária. O encontro foi mais uma etapa do Planejamento Estratégico Situacional (PES) 2022-2025 e teve como objetivo subsidiar a etapa de priorização das ações estratégicas, que ocorrerá em uma reunião ampliada do Conselho Deliberativo, com data a ser definida posteriormente.

A diretora da EPSJV, Anamaria Corbo, apresentou algumas reflexões sobre o Encontro Nacional sobre Trabalho e Educação na Saúde no SUS, organizado pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGETS), no mês de março. Ela lembrou que uma das discussões apresentadas no Grupo de Trabalho de Gestão da Educação do evento diz respeito às modificações ocorridas na Rede de Escolas Técnicas do SUS, uma vez que muitas Escolas Técnicas foram absorvidas pelas Escolas de Saúde Pública. A necessidade de integração das duas áreas, em alguns dos estados em que essa absorção ocorreu, e a importância de se construir um trabalho colaborativo entre as duas redes e as duas instituições, quando for o caso, foram um dos pontos mais debatidos.

Em seguida, a professora-pesquisadora da Escola, Márcia Valéria Morosini, apresentou alguns dados sobre os trabalhadores técnicos, produzidos pelo Observatório de Técnicos em Saúde. 

Em sua fala, Márcia Valéria destacou a invisibilização dada aos técnicos nas equipes, nas instituições, nas políticas e como eles acabam também, por conta de ter uma qualificação mais frágil, sendo trabalhadores mais facilmente substituíveis e mais expostos à insegurança e menos protegidos, inclusive dos processos de precarização das condições de trabalho.

A professora-pesquisadora apresentou ainda que 59% do total de trabalhadores da saúde, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), são técnicos, e que desse total, 87% deles atua no SUS. Entretanto, Márcia Valéria acrescentou que a formação deles é majoritariamente privada. “Então, a gente diz que existe uma formação privada para um trabalho público”, explicou. Isso, de acordo com Márcia Valéria, traz uma série de preocupações e contradições: “Que princípios éticos e políticos orientam essa formação? Que compreensão de Saúde pauta essa formação? Uma formação privada é compatível com atendimento dos interesses públicos, que não são interesses de mercado?”.

Após o debate da conjuntura atual, foram discutidos desafios e prioridades da EPSJV para o alcance da sua missão institucional. Diversos trabalhadores apontaram ações estratégicas para a Escola nos próximos anos, além de indicarem áreas em que a EPSJV tem experiência e pode contribuir com o novo governo federal.

“A última assembleia sobre o PES que tivemos foi ainda em 2022, sem termos muita clareza sobre as propostas do novo governo. Como o nosso trabalho junto às instituições públicas de formação do SUS é impactado pelas propostas governamentais, é de fundamental importância para a Escola fazermos uma discussão dessa magnitude. Esta foi também a compreensão do Conselho Deliberativo da EPSJV ao solicitar que as análises que foram feitas no Conselho, em sua última reunião, pudessem ser realizadas com o conjunto das trabalhadoras e trabalhadores da Escola”, ressalta Anamaria.