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Escola Politécnica realiza 1º Seminário de Radiologia

Estudantes e profissionais da área da Radiologia debateram temas como o impacto das mudanças tecnológicas no perfil profissional da formação técnica e a importância da formação contínua dos técnicos
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 11/11/2024 10h14 - Atualizado em 11/11/2024 10h29

Para falar sobre os desafios na formação de trabalhadores técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS) frente às novas tecnologias, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, no dia 4 de dezembro, o seu 1º Seminário de Radiologia. Estudantes e profissionais da área da Radiologia debateram questões sobre o impacto das mudanças tecnológicas no perfil profissional da formação técnica e a importância da formação contínua dos técnicos. Além das mesas de debate, também aconteceu uma sessão de painéis com apresentação de trabalhos dos estudantes do Curso Técnico em Radiologia da Escola. 

O tecnólogo em Radiologia e professor, César Augusto, que atua no Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), fez uma apresentação sobre a necessidade de formação contínua. “Trabalhamos com equipamentos modernos, avançados e muito caros. A tecnologia vai avançando, os procedimentos mudam, precisamos nos atualizar e estarmos atentos à desinformação”, comentou, acrescentando: “Temos que ultrapassar os muros. O processo de educação é permanente, continuado e eterno. Não tem saber que se esgota”.

Em seguida, a professora e tecnóloga em Radiologia do Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo (RJ), Camila Cristina, apontou alguns benefícios da evolução tecnológica no campo da Radiologia que, segundo ela, tem possibilitado a redução de custos, otimização do tempo, integração de dados e uma gestão mais eficiente dos serviços. “Mas, ao mesmo tempo, ainda nos deparamos com resistência de profissionais com as novas tecnologias e uma necessidade de proteger os dados de forma mais segura”, contrapôs. E completou, destacando o papel do técnico e tecnólogo em Radiologia: “Cabe a nós, profissionais, proporcionar um atendimento personalizado, agir com rapidez, garantir e aplicar os princípios da radioproteção e ficar de olho na divulgação de novos equipamentos e materiais. Como diz o nosso código de ética, temos que nos dedicar ao aperfeiçoamento de conhecimentos técnicos-científicos e da nossa cultura”.

Por fim, Adriano Camelo, tecnólogo em Radiologia e profissional de Hemodinâmica e Sala Híbrida, explicou o conceito e a importância da Hemodinâmica. “É o capítulo da fisiologia que estuda a circulação do sangue e de seus aspectos funcionais. Dentro do setor de Hemodinâmica são realizados diversos procedimentos minimamente invasivos, que vão desde o estudo dos vasos até implantes de próteses e drenagens percutâneas”, destacou, concluindo: “Todo setor de Hemodinâmica ou Sala Híbrida necessita de um profissional qualificado para exercer suas funções, sendo este o técnico ou tecnólogo em Radiologia. Por isso temos que estudar. Não sejam mais um, tentem ser o melhor profissional possível dentro de sua área de atuação. Não somos apertadores de botão”.