Estudantes do 4º ano do Ensino Médio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), da habilitação de Gerência em Saúde, realizaram em outubro apresentações de atividades de estágio para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Os jovens foram divididos em quatro equipes e, durante algumas semanas, tiveram que discutir e propor soluções para diversos desafios enfrentados no setor de Almoxarifado. 

Os trabalhos apresentados pelas equipes foram: “Atendimento Integral às Requisições e Cumprimento do Cronograma de Pedidos”, que consistia na atualização de dois indicadores do setor; “Análise dos Impactos da pandemia do coronavírus nas operações de troca de material”; “Avaliação do impacto da pandemia na efetividade dos pregões de material hospitalar realizados pelo INI; e “Banco de Dados dos Instrumentos de Avaliação dos Pregões”, que atualizou a alimentação do banco de dados.

Thyago Minerva, estudante do 4º ano de Gerência em Saúde na EPSJV e estagiário no INI, explica que o grupo dele construiu uma análise do impacto da pandemia da Covid-19 nas trocas de materiais entre o INI e outras instituições. “Analisamos desde o ano de 2019 até 2021 e avaliamos qual foi o impacto dessas trocas”, disse. E acrescenta: “Identificamos que o INI passou de poucas trocas com unidades de proximidade geográfica para um outro patamar, ampliando esse potencial de troca. Isso mostra a importância do INI dentro da rede assistencial de saúde no Rio de Janeiro”.

Segundo o chefe do Almoxarifado do INI, Robson Vieira, o Instituto recebe, tradicionalmente, estagiários da Escola Politécnica todos os anos. Com a pandemia, houve a necessidade de adaptar essas atividades de estágio e, mediante esse contexto, ele conta que foi acolhida a proposta, apresentada pelas professoras-pesquisadoras Simone Ferreira e Regimarina Reis, para estudar uma forma de adaptar a execução do estágio com atividades remotas e que englobassem toda a turma que estivesse se formando.

A proposta consistia na condução de três horas de atividades síncronas por semana. Dessa forma, Robson Vieira, construiu uma sistemática de atividades que funcionassem como reuniões de equipe e foram traçadas quatro atividades para o ciclo que se iniciou em 28 de setembro. “Todas as terças e quintas foram realizadas reuniões com os estudantes para acompanhar os progressos, tirar dúvidas e redirecionar os rumos das atividades”, conta Robson.

No dia 21 de outubro, houve uma apresentação final dos projetos para a equipe do Almoxarifado, de forma remota, pelo aplicativo Zoom. “Dentre as quatro atividades, duas delas se destacaram pelos resultados que comprovaram hipóteses importantes e apresentaram resultados importantes para a gestão da cadeia de suprimentos do INI”, ressalta.

A atividade “Avaliação do impacto da pandemia na efetividade dos pregões de material hospitalar realizados pelo INI”, de acordo com o chefe do Almoxarifado, comprovou como a pandemia afetou negativamente o sucesso da aquisição de produtos médico-hospitalares, através de pregões, já que os preços do mercado variaram substancialmente e levaram a um maior número de itens frustrados pela falta de negociação dos preços. “Já a atividade “Análise dos Impactos da pandemia do coronavírus nas operações de troca de material”, revelou que, com a pandemia, o INI expandiu a sua atuação geográfica no sentido de colaborar com a cadeia logística da rede hospitalar do Rio de Janeiro através de trocas e empréstimos de materiais que contribuíram para a continuidade das atividades de assistência não só no INI, mas em outros hospitais federais, estaduais e municipais”, destaca Robson. E acrescentou: “A surpresa ficou por conta da apresentação desses dados através de slides e gráficos muito bem elaborados e pela construção de dashboards com alto nível de complexidade”.

Devido à relevância desses resultados, Robson e a equipe convidaram estudantes responsáveis pelas duas atividades que se destacaram para realizarem, no dia 28 de outubro, uma apresentação desses produtos para a vice-diretora de Gestão do INI, Solange Siqueira. "De forma muito fluida e madura, eles expuseram suas apresentações e receberam mais uma vez a merecida parabenização pela dedicação e profissionalismo demonstrados nessa atividade de estágio remoto. O INI parabeniza à Escola Politécnica pela formação de alunos que demonstram ser profissionais já aptos a ingressar no mercado de trabalho trazendo ganhos para o nosso Sistema Único de Saúde”, comemora.

Embora realizado de forma remota, Thyago afirma que o estágio foi extremamente interessante e produtivo. “O Robson sempre esteve junto conosco em encontros semanais virtuais. Foi gratificante poder colocar em prática o que aprendemos no Poli e contribuir com o INI na tomada de decisões”, afirma.

Para Simone, a apresentação dos trabalhos no período de estágio é sempre muito bem-vinda, porque, segundo ela, diz respeito, antes de tudo, a prestar contas do que foi realizado junto aos gerentes e trabalhadores do serviço, prática fundamental de devolução de resultados àqueles diretamente implicados na atividade. “Ao mesmo tempo, a apresentação representa uma oportunidade única para o reconhecimento do trabalho do técnico de Gerência seja pelo próprio serviço, seja também para os alunos responsáveis pelo trabalho”, conclui.