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Ex-alunos do Provoc da Fiocruz são premiados na Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente

Egressos são destaques na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz com trabalhos sobre vacinas no controle de epidemias e Doença de Chagas
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 29/11/2018 09h54 - Atualizado em 01/07/2022 09h44

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoveu, no dia 28 de novembro, a premiação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA). Entre os vencedores do Prêmio Ano Oswaldo Cruz, da OBSMA, estão dois egressos do Programa de Vocação Científica (Provoc), coordenado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) desde sua criação, em 1986. O Programa é uma proposta educacional de Iniciação Científica (IC) na área da saúde para jovens que cursam o Ensino Médio, com o objetivo de estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa. Nestes 32 anos de existência, o Provoc já propiciou que mais de dois mil estudantes de escolas públicas e privadas fizessem uma espécie de ‘estágio’ com o acompanhamento de pesquisadores renomados das mais diversas áreas de atuação da Fiocruz. Desde 2011, a EPSJV/Fiocruz, por meio de uma parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), concede bolsas a esses alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (Pibic-EM).

Egresso em 1997, Guilherme Inocêncio recebeu o prêmio como professor responsável pelo trabalho “Qual vacina para impedir uma nova revoluação da vacina?” - um projeto de extensão criado há um ano no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), com o objetivo mostrar a importância da vacinação no controle da disseminação de diversas epidemias. “O trabalho foi motivado por uma discussão inicial sobre Febre Amarela. Os alunos perceberam que a questão da vacina tinha certa resistência pela população, além de um movimento antivacina que surgia no mundo, mais fortemente na Europa”, apontou.

Segundo Guilherme, o Provoc abriu muitas portas para ele. Após concluir o programa, Guilherme trabalhou em laboratórios do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e em outras unidades da Fiocruz. Há dez anos, ele é professor do CEFET/RJ e atua na formação científica de jovens. Atualmente, ele está fazendo Pós-Dourado na Alemanha. “O Provoc é um programa de vanguarda no mundo. A Iniciação Científica é pouca difundida aqui na Europa, se dá basicamente no âmbito escolar. Eles ficam muito dependentes, então, de receber pesquisadores externos. Talvez não tenha uma demanda suficiente de pesquisadores querendo se formar. No Brasil, o Provoc fomenta muito isso”, destacou. E completou: “Esse programa tem uma importância muito grande no amadurecimento de um jovem, que pode vir pelo esporte, pela arte ou pela ciência, como mostra o próprio programa. É uma oportunidade que falta ainda para a maioria das escolas e a gente perde na formação científica dos jovens”.

Aluna do Ensino Médio do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, Andreza Reis foi aluna do Provoc em 2018 e também recebeu o Prêmio Ano Oswaldo Cruz. Ela foi premiada pelo livro infantil sobre a ‘Conscientização para todos da gravidade da Doença de Chagas’. “Eu aproveitei o projeto que já tinha iniciado no Provoc e, junto com minha equipe do Pedro II, escrevi um livreto sobre formas de prevenção da doença”, explicou. Para a egressa, o Provoc despertou o gosto pela área de ciências biológicas: “Me fez amadurecer como ser humano e me ajudou na escolha de cursas Biologia ou Biomedicina na faculdade”.

Provoc

O Programa de Vocação Científica (Provoc) é dividido em duas etapas: Iniciação e Avançado. Na etapa Iniciação, cuja duração é de um ano, os alunos se familiarizam com as principais técnicas e objetos de pesquisa de Ciência e Tecnologia em Saúde. Na etapa Avançado, com duração de dois anos, o aluno desenvolve um subprojeto de pesquisa com o seu orientador, passando por todas as etapas de execução de um projeto de pesquisa em Ciência e Tecnologia em Saúde. “No contexto do Brasil, é preciso reforçar a importância de uma Escola oferecer Iniciação Científica no Ensino Médio. É um momento para a EPSJV estar em festa pela atuação brilhante de ex-alunos do programa, que incentiva os jovens a se inserirem na carreira cientifica”, comemorou Cristiane Braga, coordenadora do Provoc.

Saiba mais sobre a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meia Ambiente da Fiocruz

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