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Gestão de dados de pesquisa

Escola Politécnica promove palestra sobre o Plano de Gestão de Dados no âmbito da Ciência Aberta
Redação EPSJV - EPSJV/Fiocruz | 31/10/2022 14h57 - Atualizado em 31/10/2022 14h58

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, no dia 27 de outubro, a palestra “Gestão de dados de pesquisa no âmbito da Ciência Aberta: o plano de Gestão de Dados”. O evento foi transmitido online pela plataforma Zoom e teve como convidada a pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz) e professora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/ICICT), Viviane Veiga, que apresentou a Plataforma FioDMP e o guia de elaboração do “Plano de Gestão de Dados de Pesquisa”, da Fiocruz.

A mediação foi feita por Paulo Guanaes, editor-executivo da revista científica Trabalho, Educação e Saúde, da EPSJV, e um dos autores do guia. Ele lembrou que o movimento pelo acesso aberto à Iniciação Científica se iniciou na década de 1980, concentrado na divulgação de artigos científicos. Anos depois, em 2004, foi lançada a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, no âmbito da Fiocruz. “Uma política mandatória, que abarca artigos científicos, dissertações e teses. Esse movimento tinha duas estratégias iniciais: o acesso aberto a artigos em revistas científicas e o depósito de artigos científicos em repositórios. O importante é que nenhuma barreira legal poderia impedir esse acesso”, destacou.

A atual agenda desse movimento, segundo Paulo, que evoluiu para a denominada Ciência Aberta, é o compartilhamento, abertura e reuso de dados de pesquisa. “A Fiocruz lançou a “Política de gestão, compartilhamento e abertura de dados para a Pesquisa”, em 2020. Essa política não é mandatória ainda e um dos requisitos para que essas etapas aconteçam é a elaboração de um plano de dados de pesquisa, que é uma exigência das agências de fomento”, explicou.

Plano de Gestão de Dados 

O Sistema FioDMP e o guia de elaboração do “Plano de Gestão de Dados de Pesquisa” foram lançados no dia 24 de outubro, na abertura da Semana Internacional de Acesso Aberto, na Fiocruz, com objetivo de estimular, de forma prática, a cultura de gestão de dados dentro das instituições de pesquisa e ensino. 

Segundo Viviane, a iniciativa foi pensada como uma forma de reunir iniciativas para gestão de dados de modo a serem utilizadas por qualquer área do conhecimento, com especial atenção àquelas do campo da saúde. "A solicitação de um Plano de Gestão de Dados, feita por agências de fomento, por políticas institucionais e nacionais, está dentro do contexto de um movimento por abertura da Ciência. Nossa proposta foi conduzir o pesquisador de forma que ele pudesse compreender e produzir um plano alinhado às práticas de Ciência Aberta”, afirmou.

O guia de elaboração, de acordo com Viviane, ajuda a planejar e organizar a coleta de dados, fazendo com que o pesquisador pense nas perguntas que surgirão à medida em que colete os dados. “O Plano de Gestão de Dados documenta as principais atividades do ciclo de vida dos dados da pesquisa, desde o processo de coleta, geração, processamento, armazenamento e preservação dos dados. Essa documentação é fundamental para a reprodutibilidade e transparência dos resultados da pesquisa”, destacou.

Para Viviane, a Ciência Aberta é um retorno às origens. “A Ciência nasceu para ser aberta, comunicada e colaborativa. Espera-se que todas as etapas do fazer científico possam ter algum tipo de abertura. A Ciência tem que ser tão aberta quanto possível e tão fechada quanto necessária”, concluiu.