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Encaminhamentos

Para encerrar o Encontro, as ETSUS apresentaram as propostas debatidas nos grupos na plenária e as discutiram nas mesas-redondas '(Im) Pacto da Gestão na Formação Profissional em Saúde' e 'Desdobramentos e perspectivas da Educação Profissional em Gestão para o SUS', que tiveram como palestrantes Maria Elizabeth de Barros, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (EFES); Ana Lúcia Abrahão, professora titular da Universidade Federal Fluminense (UFF); e Emerson Merhy, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Maria Elizabeth falou sobre a necessidade de traçar um perfil do trabalhador de nível médio na área de gestão. 'Esse perfil vai ser construído a partir de que saberes? Temos que nos preocupar em dialogar com os trabalhadores que já estão nos serviços e criar metodologias que facilitem o diálogo e a discussão dos saberes, sem hierarquia', defendeu. Ana Lúcia Abrahão lembrou que o técnico de gestão é um profissional que transita pela administração. 'Temos que pensar num currículo que circule pela integralidade das ações e que seja articulado com a gestão. O técnico deve ser um sujeito que possa operacionalizar espaços de gestão. Ele precisa ter autonomia, que, na prática, só é dada aos profissionais de nível superior. Mas é preciso oferecer espaços de criação para o técnico. E isso supõe autonomia', afirmou.

Para Emerson Merhy é preciso pensar se o SUS precisa de novos atores. 'Quando queremos novos tipos de trabalhadores, eles devem ser militantes efetivos, ou seja, misturar paixão e razão. Não estamos falando de um ator qualquer, mas sim de alguém vital para o sistema. Estamos falando de uma aposta de que o SUS precisa ser permanentemente invadido por novos atores', afirmou. Merhy defendeu ainda que não é possível fazer uma aposta no SUS sem contar com os 35% dos profissionais que trabalham na área de gestão. 'Não podemos abrir mão desse trabalhadores. Sabemos do desperdício que é não contarmos com esses profissionais por eles não se identificarem como trabalhadores da saúde. Temos que trazê-los para o campo da saúde e, para isso, precisamos de uma formação específica. Se vamos formar profissionais de gestão de nível médio, temos que reconhecer uma produção rica nessa área. Precisamos patrimoniar o que vem sendo produzido nos serviços. E esse é o desafio das ETSUS', completou.

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