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Provoc promove o 1° Encontro Anual de Pesquisadores-Orientadores

O encontro reuniu 45 pesquisadores-orientadores do Provoc
O encontro reuniu 45 pesquisadores-orientadores do Provoc

Quarenta e cinco pesquisadores que orientam alunos do Programa de Vocação Científica (Provoc), reuniram-se no último dia 22, no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV).

O encontro, que foi mediado pela coordenadora do Provoc, Cristina Araripe, contou com a participação do diretor da EPSJV, André Malhão, que deu boas-vindas aos pesquisadores em nome do coletivo de unidades da Fiocruz no Rio de Janeiro participantes do Programa. Lembrando o início das atividades do Provoc, em 1986, ele destacou também a importância estratégica desse tipo de iniciativa para a melhoria da qualidade da educação no país.

O compromisso com a formação de jovens cientistas foi igualmente tema da palestra de abertura do pesquisador emérito da Fiocruz, Luiz Fernando Ferreira. Responsável pela criação do Provoc na gestão de Sérgio Arouca, ele rememorou sua experiência pessoal ao vir muito jovem para Manguinhos, sua fascinação pela pesquisa e, especialmente, a descoberta do mundo pela ótica da ciência. Um exemplo para os alunos do Provoc, Ferreira ressaltou que o prazer da aprendizagem é importante para 'despertar vocações'.

No encontro, foram apresentados alguns números relativos aos 19 anos de história do Provoc, particularmente dados sobre a sua evolução e consolidação no âmbito do desenvolvimento de projetos de iniciação científica para estudantes de ensino médio, que prosseguem na carreira científica.

'O Provoc busca abrir caminhos para jovens cientistas. A experiência nos mostra que os alunos, quando estimulados, demonstram grande potencial para a carreira científica', disse Malhão.

Segundo Cristina, é grande o interesse dos estudantes pelo Provoc, mas o número de pesquisadores interessados em orientar esses alunos ainda é reduzido. 'Muitos pesquisadores ainda não se convenceram de que os alunos de ensino médio são capazes de desenvolver atividades de pesquisa científica e colaborar para o sucesso de trabalhos tão sérios e rigorosos, antes mesmo de ingressarem na graduação. O Programa aposta na necessidade de iniciar, o mais precocemente possível, a formação científica de profissionais para a área da pesquisa, em particular nos países 'periféricos' como o Brasil, que têm urgência de ampliar quantitativa equalitativamente o universo de suas pesquisas ', aponta a coordenadora.

Enquanto estudantes que participam do Provoc, esses jovens conhecem inicialmente a rotina da pesquisa e participam de diferentes atividades do processo de produção dos conhecimentos científicos e tecnológicos. Numa segunda fase do Programa, aqueles que confirmaram seus interesses e 'vocações' passam a aplicar o que estão aprendendo, sempre a partir da elaboração e do desenvolvimento de um plano de trabalho individual inserido em um projeto maior de pesquisa de seus orientadores.

A coordenadora lembra que o Provoc na Fiocruz abrange hoje diferentes áreas do conhecimento, atendendo assim a um grande e variado número de alunos. 'Mais do que nunca os educadores têm a tarefa de conceber estratégias políticas e pedagógicas que se traduzam em empreendimentos institucionais coerentes com a nossa realidade, que representem contribuições significativas para a produção de novos conhecimentos', explica.