
Saúde sem agrotóxicos

Agroecologia na alimentação escolar
O agricultor Nilson Ribeiro pensou em vender a pequena propriedade rural de quatro hectares onde morava e trabalhava, na comunidade Santo Antônio do Rincão, distante cerca de 18 quilômetros do município de Anita Garibaldi, em Santa Catarina. Os dois filhos do agricultor, que também trabalhavam na terra, foram embora para outro município à procura de emprego. Mas, na época, Nilson não encontrou comprador para o sítio e decidiu insistir um pouco mais na produção agroecológica.
Experiências em agroecologia
"Eu planto milho, feijão, hortaliças em geral, girassol. Numa época você planta beterraba, na outra você para de plantar beterraba e planta hortaliças. A gente troca por causa da terra, mas também porque é bom trocar, é outra cultura, é diferente. E como a gente trabalha em grupo, às vezes a outra companheira quer plantar aquele alimento. Eu só não abro mão nunca de plantar feijão, porque acho o feijão bonito. Dá lucro, eu gosto de comer e de vender".
Agrotóxicos: dos impactos imediatos ao modelo de produção
Os números impressionam: em 2009, foram vendidas no Brasil 789.974 toneladas de agrotóxicos, movimentando US$ 6,8 bilhões e fazendo do país o maior consumidor desse tipo de substância no mundo. São mais de 400 tipos de agrotóxicos, comercializados sob a forma de 2.195 diferentes produtos. Os dados, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Defensivos (Sindag, entidade das empresas produtoras de agrotóxicos), levantam, no mínimo, algumas curiosidades.