A direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) vem a público se manifestar a respeito da recente nota divulgada nas redes sociais sobre a suspensão do processo seletivo de novas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Nos últimos dois anos a EPSJV, tendo como base sua missão de promover em âmbito nacional a Educação Profissional em Saúde através da coordenação e implementação de programas de ensino em áreas estratégicas para a Saúde Pública e para a Ciência e Tecnologia em Saúde, da elaboração de projetos de política, regulamentação, currículos, cursos, metodologias e tecnologias educacionais e da produção e divulgação de conhecimento na área de trabalho, educação e saúde, discutiu suas prioridades e definiu seus objetivos e ações estratégicas, num longo processo de planejamento estratégico, que contou com a ampla participação das trabalhadoras e dos trabalhadores da Escola.
Nesse processo, foi decidido coletivamente que a EJA deveria estar articulada à educação profissional em saúde, de modo a se tornar compatível com a nossa missão. Essa discussão que segue em andamento na Unidade, e fiel à história da Escola, busca a plena estruturação desse desafio através da construção coletiva, por meio de diversos dispositivos participativos institucionais.
Decisões sobre a execução do Plano Estratégico da unidade e sobre a política de desenvolvimento institucional são realizadas pelo Conselho Deliberativo da EPSJV, com subsídios das Câmaras Técnicas correspondentes, fóruns nos quais a discussão a esse respeito tem se desenvolvido, com a participação dos vários grupos que compõem o conjunto de trabalhadoras(es) e estudantes da EPSJV.
Cabe lembrar que todos os membros do CD com direito a voto são eleitos e representam o coletivo da EPSJV. Foi no âmbito deste colegiado que a decisão pela suspensão temporária das inscrições para novas turmas de EJA foi tomada, dando consequência à decisão do processo de planejamento da escola.
Paralelamente, algumas conversas estão sendo realizadas pela direção da EPSJV com a presidência da Fiocruz, de modo a não criar soluções de descontinuidade nas ações educativas atualmente oferecidas e para a definição de novas estratégias de colaboração para o fortalecimento da oferta da EJA no território, cuja responsabilidade recai sobre os âmbitos estadual e municipal de gestão da educação.
Estamos cientes da complexidade que envolve esta discussão e gostaríamos de ressaltar que este debate está em aberto na EPSJV e que nenhum dos dirigentes institucionais está alheio à necessidade de dedicação a ele.