Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Curso Internacional de Estudos de Jogos destaca o papel social dos jogos

Evento contou mesas redondas, workshops e oficinas; e teve a participação de professoras-pesquisadoras da Escola Politécnica
Julia Guimarães - EPSJV/Fiocruz | 11/04/2025 16h02 - Atualizado em 11/04/2025 16h02

Com o tema “Pensando jogos de impacto nas ciências e saúde”, foi realizado, nos dias 25 a 27 de março, a segunda edição do Curso Internacional de Estudos de Jogos, no Campus Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Diversos especialistas na área participaram do evento, incluindo as professoras-pesquisadoras da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Cynthia Dias, Flávia Carvalho e Flávia Ribeiro.

“Esse evento foi muito importante não só para aprender, mas também para conhecer e reunir as pessoas que trabalham e pesquisam na área”, disse Flávia Carvalho, acrescentando que a maioria do público do curso era de estudantes de pós-graduação, professores e desenvolvedores de jogos.

Com uma programação composta por mesas redondas, workshops, oficinas e outras atividades abertas ao público, esta edição do Curso ainda contou com a participação do designer de jogos, acadêmico, fundador e líder do Game Lab da Universidade de Nova York, Eric Zimmerman. Representantes de diferentes unidades da Fiocruz que também participaram do evento destacaram a importância dos jogos na discussão de temas atuais e como eles são capazes de promover novas formas de sociabilidade entre crianças e adolescentes.

Flávia Coelho destacou também o papel dos jogos na sala de aula. “Quando eu vim para a Escola, vi os jogos como uma oportunidade para facilitar a questão do aprendizado dos alunos em sala de aula. Então, esse evento, para mim, foi extremamente importante para o aprendizado e o contato com essas pessoas, principalmente o Eric Zimmerman”, contou a professora-pesquisadora.

Para Cynthia Dias, o evento foi importante para destacar o poder da multidisciplinariedade dos jogos. “. Eu acho que esse evento foi importante para abrir nossa concepção de jogo e olhar de uma forma mais abrangente, não apenas como, necessariamente, um transmissor de informação, mas também como um recurso para incentivar as pessoas a conversarem e mobilizar emoções que podem ser trabalhadas para envolvê-las em torno de alguma temática ou de uma questão da saúde”, comentou.

Durante o evento, aconteceu o pré-lançamento da Plataforma Fiocruz Jogos  , que irá armazenar diversos jogos educativos elaborados e lançados pela Fundação. “Isso é mais um esforço para mostrar que a instituição também pode servir à população nessa área”, observou Marcelo de Vasconcellos, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), que foi responsável pelo pré-lançamento. “Podemos abrir um diálogo por meio dos jogos, que são importantes, principalmente, quando você fala de um tema que, às vezes, pode ser tão dramático quanto a saúde”, completou ele.

Islândia Carvalho, pesquisadora e docente da Fiocruz Pernambuco e responsável pelo jogo “Super SUS” e o aplicativo “Onde está o dinheiro da saúde?”, destacou a importância da interação entre os participantes que o evento proporciona. “Acho que eventos como esse trazem essa possibilidade de intercâmbio presencial que mobiliza esse diálogo. Como tivemos convidados internacionais, conseguimos ampliar essa discussão de forma que fomenta o diálogo conceitual, epistemológico e da mudança dessa linguagem do jogo enquanto ferramenta educativa e para a popularização da ciência, que é o que trabalhamos no Super SUS”, destacou.

O evento foi organizado coletivamente pelos Programas de Pós-Graduação da EPSJV, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e também por profissionais do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), com o apoio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz.