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Programa da Pós-Graduação da EPSJV promove seu 8º Seminário Docente

Durante o evento foram debatidas metas de curto, longo e médio prazo para o programa no primeiro ano do quadriênio 2025-2028
Julia Guimarães - EPSJV/Fiocruz | 21/02/2025 16h26 - Atualizado em 25/02/2025 15h58

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio promoveu, nos dias 11 e 12 de fevereiro, o 8º Seminário Docente da Pós-Graduação. Durante esses dois dias, docentes do Programa debateram sobre o trabalho realizado nos últimos anos e a expectativa para os próximos passos no encontro que marca o primeiro ano do quadriênio.

A Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde, Ialê Falleiros, destacou o principal objetivo do Seminário. “É o ano da avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em que ela avalia, na verdade, os anos de 2021 a ano de 2024. Então, nós estamos concluindo o preenchimento do relatório e para isso é muito importante um alinhamento dos docentes com essa produção, porque é esse relatório que contará a história dos quatro anos do programa”.

O Coordenador-adjunto Carlos Batistella falou sobre a importância do seminário. “Procuramos criar ali naquele momento uma espécie de sintonia fina entre os docentes, para que possamos perceber quais as metas, o que precisamos melhorar, quais as alianças estratégicas que devemos buscar, quais os caminhos que precisamos investir para tornar o nosso programa ainda mais potente e produzir respostas de maior impacto para a sociedade, que, ao fim, é o que mais uma instituição pública deveria buscar”, ressaltou.

As principais discussões foram relacionadas aos relatos das Comissões de Sucupira, Autoavaliação e de Bolsas, além de uma avaliação sobre os pontos fracos e fortes do programa baseado em uma Matriz Swot. Um dos principais pontos ressaltados foi a interdisciplinaridade, que foi proposta na edição anterior do Seminário.

Ialê falou ainda sobre a importância da interdisciplinaridade para a Escola.  “A área interdisciplinar, que é a área onde o programa está situado na CAPES, é uma área muito dinâmica, é uma área que envolve a participação nos programas de pós-graduação vinculados a ela, a participação de docentes de diversas áreas do conhecimento, e ela expressa muito bem o nosso perfil, a nossa temática Trabalho, Educação e Saúde”, acrescentou.

Para Batistella, a interdisciplinaridade se transformou em “um princípio básico que norteia quase todas as nossas ações, os nossos objetivos dentro do programa”. Essa afirmativa se traduz nos principais trabalhos relacionados ao programa de pós-graduação. O coordenador-adjunto da Pós ainda completou: “A interdisciplinaridade figura nas dissertações, nas nossas disciplinas que são ofertadas. Elas devem ser interdisciplinares, com corpo docente, preferencialmente, múltiplo. Um profissional que fez doutorado em Educação ao lado de um profissional que fez doutorado em Saúde Coletiva, ou ao lado de um profissional que fez doutorado em Sociologia do trabalho, por exemplo. Essa interdisciplinaridade tem que estar presente nos nossos produtos técnicos, tem que ter um atravessamento muito grande no programa.”

Internacionalização do Programa de Pós-Graduação

Outra proposta é a internacionalização do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde, principalmente com atividades que estimulem a participação docente e discente em projetos de ensino e pesquisa internacionais, como o I Encontro Ibero-americano de Educação Baseada em Simulação que aconteceu entre os dias 27 e 29 de novembro de 2024.                                                                                  

Segundo Batistella, além do programa de pós-graduação, a EPSJV, ao longo dos seus 40  anos, tem um trabalho de Cooperação Internacional sendo Secretária Executiva de três redes internacionais, a Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde (RETS), e as sub-redes Rede Iberoamericana de Educação de Técnicos em Saúde (RIETS) e Rede de Escolas Técnicas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RETS-CPLP). Além disso, a Escola é, pela quarta redesignação, Centro Colaborador para Educação de Técnicos em Saúde na Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Isso foi nos dando visibilidade e reconhecimento nacional e internacional. Temos uma série de ações internacionais, mas ainda precisamos caminhar mai.  Hoje temos um diálogo muito forte com diversas instituições na Iberoamérica, nos países africanos de língua portuguesa e aqui na América Latina, mas ainda somos tímidos, vamos dizer assim, em relação a mobilidade de docentes e discentes”.

Nos dois dias de encontro foram estabelecidas metas de curto, médio e longo prazo sobre diferentes eixos do programa. A coordenadora Ialê Falleiros destacou como salto do quadriênio de 2021 a 2024 a produção conjunta entre discente-docente. “O corpo docente, que  atuou mais fortemente no quadriênio atual, também produziu dois e-books, com capítulos realizados em parceria entre docentes e egressos. Reuniram trabalhos frutos das dissertações de mestrado defendidas no programa. Nesses dois e-books, há um conjunto de 26 capítulos que tratam dessa relação, entre docentes-discentes na produção ", comentou.

Por fim, o coordenador-adjunto Carlos Batistella, destacou o trabalho realizado pela instituição. “Salta aos olhos a força institucional que temos.  E isso não é um discurso autocentrado, não poderia ser diferente. A responsabilidade que a gente tem como instituição pública estratégica de Estado, vinculada ao Ministério da Saúde, com o orçamento que temos aqui, só poderia ser dessa forma. Temos um conjunto de ações bastante expressivas, do ponto de vista de um programa profissional, ou seja, com impacto mais direto nos serviços de saúde”, concluiu.