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Revista Science publica artigo de pesquisadoras da EPSJV

Texto, veiculado em uma das mais importantes publicações de divulgação científica internacional, aborda a legislação brasileira sobre experimentação animal.
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 02/07/2009 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47

A Revista Science, uma das mais importantes publicações de divulgação científica internacional, publicou o artigo ‘A atual lei brasileira de experimentação animal’, de autoria de três pesquisadores da Fiocruz, sendo dois deles — Ana Tereza Filipecki e Márcia Teixeira — da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e Carlos José Machado, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).



O texto, publicado na seção Letters na edição de 26 de junho, aborda a Lei 11.794, conhecida como Lei Sérgio Arouca, que estabelece procedimentos para o uso científico de animais em pesquisas. A lei foi aprovada em 2008 e está em processo de regulamentação. O artigo é fruto do doutorado em Meio Ambiente que Ana Filipecki está cursando na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e também dos estudos feitos por um grupo de pesquisa sobre políticas de ciência e tecnologia e seus impactos na organização da pesquisa, do qual os autores participam. “Para a publicação na Seção Letter, um dos critérios é o tema ser de interesse internacional e também permitir aos leitores que observem as similitudes e as diferenças entre o que acontece nos diferentes países. Nesse caso, por exemplo, além do Brasil, vários países também estão discutindo a legislação sobre experimentos com animais”, diz Ana Filipecki.



A Revista Science tem o segundo maior fator de impacto entre as publicações de divulgação científica. Essa classificação contribui para aumentar a visibilidade da Fiocruz e também desses pesquisadores. “O Brasil está no processo de regulamentação da lei sobre experimentação animal e esse assunto tem grande importância para a Fiocruz, que utiliza animais para experimentos científicos. O artigo aponta algumas imprecisões da lei que deixam margem para dúvidas em relação a questões como quais são as instituições que podem fazer experimentos com animais, como isso deve ser feito, se há idade mínima para participar desses procedimentos e qual a formação que esses profissionais devem ter, entre outras questões”, explica Márcia Teixeira, acrescentando que, para a Escola Politécnica, o assunto também é particularmente importante. “A instituição oferece cursos de biotecnologia e biossegurança, além do curso de biodiagnóstico, em que as pessoas podem vir a trabalhar com isso. É importante reunir elementos sobre o ambiente de pesquisa em saúde no Brasil”, completa Márcia.