A realização de atividades práticas no processo ensino-aprendizagem das ciências naturais, para além das aulas expositivas, apresenta-se como uma importante ferramenta capaz de instigar a curiosidade dos educandos, facilitar a compreensão dos conteúdos ministrados e estimular a ampliação de novos conhecimentos. Nesse contexto, o estudante deixa a posição de recebedor passivo de informações para ser um sujeito ativo na construção dos saberes científicos. A EPSJV é a unidade da Fiocruz a qual tem a politecnia como conceito central do pensamento pedagógico e o trabalho como princípio educativo. Entendendo a necessidade de rompermos nossos limites territoriais e nos aproximarmos da comunidade escolar da região em que estamos inseridos, apresentamos este trabalho cuja finalidade é promover a realização de atividades práticas educativas através da elaboração de um guia educativo adaptado para espaços diversos, e ofertar oficinas para professores, contando com uma equipe multidisciplinar.
Esta pesquisa terá caráter qualitativo, através de um mapeamento inicial das dificuldades dos interlocutores quanto a oferta de aulas práticas em suas unidades de trabalho que são escolas alocadas em áreas de vulnerabilidade social. Alinhando os temas mais desafiadores de serem ministrados no ensino básico com aulas práticas ofertadas pelos docentes das habilitações técnicas de Análises Clínicas e Biotecnologia da EPSJV, a fim de possibilitar a abordagem de conceitos importantes da grande área das Ciências da Natureza e Saúde. Tais atividades práticas serão adaptadas para serem executadas, tanto em laboratórios de ensino, quanto em ambientes com menor infraestrutura. O resultado esperado nesse trabalho será a elaboração de um guia de práticas digital, além da construção de um kit de reagentes e materiais complementares para a realização de experiências nas escolas parceiras (trata-se de um caixote itinerante que deverá ser abastecido a cada retorno à EPSJV: “caixotinho do Joca”).