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Sobre a profissionalização dos jovens

Na reportagem "Educação
profissional e ensino médio integrado no Brasil - um balanço das conquistas e
reivindicações",
na edição nº 15 da Revista Poli, o professor-pesquisador da
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) Claudio Gomes
chama atenção para o fato de que, muitas vezes, o discurso da
profissionalização está relacionado a uma suposta função dos jovens pobres no
atual modelo sócio-econômico, o que precisa ser discutido. "O que está se
dizendo é que o ensino médio que faz sentido para a vida futura deles é
profissionalizante. Mas a cidadania que se concebe e a educação que aparece é a
de recompor o exército de trabalhadores subalternizados no processo produtivo
contemporâneo, a ideia é que essa população precisa se inserir da forma que
‘lhes cabe' na atual divisão técnica e social do trabalho. Não estou falando
que não deve atender às demandas produtivas. Elas têm que ser atendidas, temos
que pensar que aquele jovem, filho da classe trabalhadora, precisa trabalhar. A
questão é que só se pensa nisso, isso é tomado como fim último", alerta.