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Julia Neves

Entrevista: 
Rivena Dias

'É fundamental e urgente pensarmos em políticas de saúde em áreas de fronteira'

23/01/2020 09h53 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

Nos últimos anos, a Venezuela vem enfrentando uma grave crise econômica, gerada pela instabilidade política e também pela queda das receitas do petróleo. Com isso, dia após dia milhares venezuelanos atravessaram a fronteira em busca de refúgio e melhores condições de vida no município de Pacaraima, estado de Roraima.

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O papel da Vigilância Sanitária em crises

Com água para consumo turva, com gosto e cheiro, o Rio de Janeiro enfrenta uma crise hídrica que está levando os cariocas aos postos de saúde com suspeita de contaminação. Em Minas Gerais, 19 vítimas - das quais quatro foram fatais -  foram contaminadas com a substância tóxica dietilenoglicol, identificada em 32 lotes de cervejas da empresa Backer, segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para explicar, nesse cenário, qual é a função da Vigilância Sanitária – dentro do guarda-chuva do Mapa –, a reportagem do Brasil de Fato conversou com Geraldo Lucchese, farmacêutico e membro do Grupo de Trabalho de Vigilância Sanitária da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Como no caso da cervejaria Backer ele explica que cabe ao órgão, em todas as esferas federativas, atuar somente depois que o produto é colocado no mercado, como recolher o material, analisá-lo, apontar irregularidades e interditar estabelecimentos. “Quando há alguma evidencia de que um produto está fora dos padrões de qualidade, cabe à vigilância tomar as providências a fim de minimizar qualquer risco para a população que irá consumir aquele produto no futuro”, afirma Lucchese.

Quanto ao caso da água contaminada no Rio de Janeiro, é responsabilidade da Vigilância Sanitária inspecionar os termos de garantia de qualidade impostas às empresas de abastecimento de água. Se detectada alguma suspeita, o órgão deve tomar providências tais como notificar, estabelecer um prazo para correção, colher amostras e realizar análises.

“Parece-me que, nesse caso, a vigilância deveria estar presente nas primeiras evidências de problemas de qualidade e se manifestar sobre o gosto, cheiro e turbidez da água.” Para isso, Lucchese explica que o órgão deveria ter sido acionado imediatamente após a constatação da companhia de abastecimento – também responsável por garantir e analisar sistematicamente a qualidade de água – de irregularidades. 

Lucchese defende que para haver uma política “realmente” preventiva da Vigilância Sanitária, deve existir uma ação intersetorial. No caso da água contaminada no Rio de Janeiro, por exemplo, outros órgãos do Mapa, o Ministério Público e políticas urbanas de preservação de mananciais poderiam ser acionadas para solucionar o problema de forma eficaz, defende o integrante da Abrasco. Há um limite, no entanto: a carência de recursos humanos tanto em quantidade quanto em qualificação. “Fica difícil cobrar ações da vigilância quando não se tem uma estrutura necessária”, afirma Lucchese.

Edição: Leandro Melito

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Repórter SUS

A difícil relação dos homens do campo com os serviços de saúde

15/01/2020 11h29 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

Homens trabalhadores rurais ainda esperam o surgimento de problemas de saúde para procurar o SUS. Geralmente, eles chegam aos serviços de saúde devido a hipertensão arterial, dores lombares, infecções respiratórias agudas, parasitoses intestinais e acidentes com animais peçonhentos. Além disso, sua principal demanda é por assistência farmacêutica e acesso a exames especializados.

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Abstinência sexual não resolverá problema da gravidez precoce, afirma pesquisadora

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, planeja implementar como política pública a abstinência sexual para prevenir gravidez na adolescência. Em nota à imprensa, divulgada na última sexta-feira (10), a pasta informou que a medida ainda está em formulação.

O ministério afirmou também que estudos científicos apontam para “resultados exitosos” da iniciação sexual em idade tardia, “considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas”.

Elaine Reis Brandão, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), rejeita, entretanto, a proposta. "A  gente precisa proporcionar espaços de diálogo para que os jovens possam expressar suas dúvidas e inseguranças e a gente possa discutir sem preconceitos, sem discriminações as questões inerentes à sexualidade e ao gênero", ressalta.

De acordo com um estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2018, a taxa mundial de gravidez na adolescência é estimada em 46 nascimentos para cada mil meninas entre 15 e 19 anos. No Brasil, a previsão sobe para 68,4, maior do que a taxa geral da América Latina e do Caribe, que é de 65,5 nascimentos.

Brandão reconhece que a gravidez precoce é uma questão de saúde pública para os brasileiros, mas nega que a abstinência venha a resolver esse problema e considera que o “melhor caminho” ainda é o diálogo.“O exercício da sexualidade, a descoberta de si e do próprio corpo e o aprendizado sobre a troca de afetos integram a adolescência e são etapas importantes no processo de construção de um sujeito responsável”, aponta.

Para ela, se o Estado não promover espaço e políticas públicas de educação sexual, torna-se “muito difícil” que os jovens tenham condições de passar por esse processo “de forma saudável”.

“É um contrassenso pregar abstinência sexual e não enxergar a importância da dimensão da sexualidade na juventude. A gente construiu ao longo dos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS) uma política pública sólida na área do planejamento reprodutivo. Isso não pode ser abandonado em prol da abstinência sexual”, defende a professora.

De acordo com a nota divulgada pela pasta, como a medida ainda está em fase de elaboração, não há estimativa do quanto deve ser gasto e quais ações serão realizadas durante a implementação.

Edição: Leandro Melito

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Repórter SUS

Os caminhos da resistência popular

Os caminhos da resistência popular

18/12/2019 09h32 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

‘Raça, classe, cultura e a resistência popular’ deu título a uma roda de conversa promovida no dia 9 de dezembro, pelo Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde (CTACS) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). A atividade, aberta ao público, reuniu professores e estudantes na luta contra o racismo, em um ambiente de valorização da cultura afro-brasileira.

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CNS recomenda revogação do Previne Brasil

CNS recomenda revogação do Previne Brasil

13/12/2019 09h29 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

Ascom.CNSO Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou na última sexta-feira (6/12) uma recomendação pela revogação da portaria 2.979 publicada em novembro pelo Ministério da Saúde. A medida administrativa  instituiu o Programa Previne Brasil e estabeleceu um novo modelo de financiamento federal para a atenção primária em saúde. A decisão foi tomada pelo pleno na 324ª Reunião Ordinária do CNS, realizada nos dias 5 e 6 de dezembro, em Brasília.

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Entrevista: 
Daniel Cara

'O Pisa é um projeto de colonialismo educacional'

'O Pisa é um projeto de colonialismo educacional'

05/12/2019 16h08 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

O Brasil não conseguiu obter avanços significativos no Pisa, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a cada três anos, a prova aplicada em 2018 avaliou o conhecimento de 600 mil jovens de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências  em 79 países ou regiões. Segundo o Ministério da Educação (MEC), por aqui, 10.691 estudantes de 597 escolas participaram do Pisa.

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Prestes a perder a validade, MP do Médicos pelo Brasil é aprovada

Prestes a perder a validade, MP do Médicos pelo Brasil é aprovada

29/11/2019 13h53 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

OpasA toque de caixa, o Senado aprovou na última quarta-feira (27) a medida provisória 890/19, que cria o Médicos pelo Brasil. No dia anterior, o programa já havia recebido o aval da Câmara dos Deputados, com 391 votos a favor e apenas seis contrários. O novo programa é uma alternativa do governo para substituir o Mais Médicos, criado em 2013 com o objetivo de ampliar a oferta de serviços médicos em locais afastados ou com população de alta vulnerabilidade.

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Entrevista: 
José dos Santos Souza

'A MP abre caminho para aumentar a precariedade do trabalho'

'A MP abre caminho para aumentar a precariedade do trabalho'

26/11/2019 13h58 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

No dia 11 de novembro, o governo federal editou a medida provisória (MP) 905, que altera diversos itens da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, e tem como peça-chave a criação de uma nova modalidade de contratação: a carteira verde e amarela. A justificativa é incentivar a criação de empregos entre os jovens na faixa etária dos 18 aos 29 anos.

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MEC lança programa Educação em Prática

MEC lança programa Educação em Prática

14/11/2019 14h14 - Atualizado em 01/07/2022 09h43

MECO Ministério da Educação (MEC) lançou, no dia 6 de novembro, o programa ‘Educação em Prática’. Trata-se, segundo a Pasta, de uma integração entre os estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio com o universo de instituições de ensino superior públicas e privadas.

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