reforma administrativa
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31/10/2025 10h50 Entrevista
Como em todos os anos, no último 28 de outubro o Brasil comemorou o ‘Dia do servidor público’. Mas, para além do feriado e das homenagens que sempre aparecem aqui e ali, desta vez a data foi marcada por uma série de manifestações realizadas em várias cidades do país no dia seguinte. O motivo? Apenas quatro dias antes, foi apresentada à Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 38, que pretende instituir uma Reforma Administrativa com mudanças significativas para o funcionalismo público de todas as esferas: municipal, estadual e federal. Embora formalmente apenas o texto da PEC tenha chegado ao parlamento, a proposta da Reforma, elaborada por um Grupo de Trabalho (GT) coordenado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), envolve ainda um Projeto de Lei (PL) e um Projeto de Lei Complementar (PLP), que se pretende que sejam votados depois, para regulamentar as mudanças, caso a PEC seja aprovada. Nesta entrevista, o diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Neuriberg Dias, conta que a criação do GT foi uma estratégia para enterrar de vez uma outra PEC (nº 32/20), elaborada pelo Poder Executivo durante o governo Bolsonaro, também com o objetivo de fazer uma Reforma Administrativa. O problema é que, finalizado o trabalho, a expectativa de um resultado muito diferente foi frustrada. Dias conta que, sem consenso em torno de uma proposta, a PEC chegou à Câmara sem ter sido aprovada pelo GT que deveria tê-la legitimado. Foi entregue à Casa Legislativa com 171 assinaturas, o mínimo necessário para se submeter uma Proposta de Emenda à Constituição ao Congresso no Brasil. E, apesar de o Grupo de Trabalho ter contado com parlamentares de todo o espectro político, entre os signatários do projeto constam apenas partidos de direita, a maioria do PL, o Partido Liberal. Nesta entrevista, o diretor do Diap explica e analisa vários pontos da proposta, que ele caracteriza, sobretudo, como ‘privatista’. Defende que o país precisa de uma Reforma Administrativa, mas que vá no sentido contrário ao da proposta que acaba de ser apresentada ao Congresso, fortalecendo a máquina pública, ampliando o orçamento e os concursos públicos e preservando a estabilidade – caminhos que ele considera essenciais para, de fato, melhorar os serviços oferecidos à sociedade.
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01/10/2021 12h55 Reportagem
Texto aprovado na comissão especial traz de volta pontos polêmicos, como a concessão de serviços públicos a iniciativa privada, contratação "temporária" de servidores por até dez anos e permite redução de jornada e remuneração em períodos de crise fiscal. Base do governo planeja votá-la até meados de outubro.
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12/02/2021 10h14 Entrevista
Essa semana, o recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), encaminhou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, conhecida como Reforma Administrativa. Apresentado pelo governo federal em setembro de 2020, o projeto ficou engavetado por conta da pandemia do novo coronavírus, e é uma das pautas prioritárias do governo Bolsonaro, que pretende aprová-la até o final de 2021. Nessa entrevista, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) Rudinei Marques explica por que a entidade vem se mobilizando contra a proposta, que segundo ele pode enfraquecer o serviço público e favorecer a entrada da iniciativa privada em serviços hoje prestados pelo Estado.


