Maíra Mathias
Tudo ao mesmo tempo: e agora?

Febre amarela, sarampo, malária e Chagas. Essas são algumas das doenças que voltaram a frequentar o noticiário brasileiro em 2018. Mas a lista de mazelas sanitárias é ainda maior. Inclui vírus que foram introduzidos recentemente no país e já causaram enormes estragos, caso de zika e chikungunya. E outros, de nomes igualmente exóticos, que muita gente nunca ouviu falar, como Mayaro e Nilo Ocidental. Mas não só. Alguns dos mais importantes indicadores de saúde pioraram, depois de anos de avanços. É o caso da mortalidade infantil, que voltou a crescer em 2016.
Direito à moradia
Na madrugada do 1º de maio, dia do trabalhador, um incêndio consumiu o edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo. O prédio de 24 andares desabou. Abrigava 455 pessoas que viviam numa ocupação organizada pelo movimento Luta por Moradia Digna. Nas semanas que se seguiram à tragédia, que deixou ao menos sete mortos, muito se discutiu sobre as ocupações: quantas existem e onde? Quem deveria ser responsabilizado? A prefeitura? O movimento social? Rapidamente, o foco se direcionou para o segundo.
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Os sistemas universais na encruzilhada

Em 5 de outubro de 2018, a grande ‘ousadia’ brasileira completa 30 anos. Do lado de baixo da linha do Equador, e em plena guinada neoliberal, o país criou um sistema de saúde universal, mirando experiências anteriores de nações ricas, como o Reino Unido. Olhando tudo o que se passou (e o que nunca chegou a acontecer), a reportagem que fecha a série especial sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) questiona se as bases que deram sustentação a esses sistemas por lá, naquela época, estavam presentes por aqui nos anos 1980.