Cátia Guimarães
‘Estão querendo nos calar’
Enquanto os representantes oficiais falavam na mesa de abertura da 15ª Conferência Nacional de Saúde, e a platéia se manifestava com aplausos e vaias, um pequeno número de estudantes exibia cartazes pelos corredores do auditório, num protesto silencioso que eles identificam pela hashtag #Ocupa15CNS. Entre as pautas apresentadas estavam críticas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), referência à tragédia ambiental em Mariana, Minas Gerais e a denúncia de silenciamento do movimento estudantil. “Estão querendo nos calar”, dizia um dos cartazes.
Injustiças e distorções
Apropriação privada do fundo público e desresponsabilização da União no financiamento da saúde: esse foi o fio condutor de um dos seis diálogos temáticos que aconteceram no segundo dia da 15ª Conferência Nacional de Saúde, como programação anterior aos grupos de trabalho.
Conjuntura atravessa Conferência Nacional de Saúde

A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff atravessou bem no meio do caminho da 15a Conferência Nacional de Saúde. E a resposta foi rápida: um grupo de militantes e movimentos sociais ligados à saúde promoveu nesta quinta-feira (3) um ato contra a medida. Em torno de um carro de som, de onde falaram representantes de estados, movimentos sociais e sindicatos, reuniram-se entre 150 e 200 pessoas que se manifestavam com bandeiras, aplausos e gritos de guerra.