Entrevista
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Maria Helena Moreira Alves, professora aposentada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), acaba de lançar o livro ‘Vivendo no fogo cruzado’, que ajuda a entender esse projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que tem origens num programa norte-americano que foi aplicado durante a Guerra do Vietnã
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O jornalista Gustavo Gindre, membro do Coletivo Intervozes, explica nesta entrevista o processo de privatização da Telerj, o que desencadeou o cenário que vemos hoje, quando famílias foram despejadas de um prédio inutilizado há 10 anos, para um destino que não se sabe ao certo. Confira:
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Nesta última semana foi votado o Marco Civil da Internet (MCI), na Câmara dos Deputados, que agora segue para o Senado. Nessa entrevista, Maria Mello, secretária-executiva do Fórum Nacional da Democratização da Comunicação (FNDC) explica quais foram os pontos críticos e como serão os próximos passos dessa luta que é significativa para uma conquista ainda maior: a democratização da comunicação.
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No início de fevereiro, jornais da grande mídia noticiaram que a Presidência da República, preocupada com a possibilidade de que ocorram protestos durante a Copa do Mundo, em junho – e com seus eventuais reflexos nas eleições de outubro - prepara uma campanha para tentar convencer a população dos benefícios da Copa para o país. Mas é pouco provável que a campanha adote como estratégia mirar-se no exemplo da África do Sul, que sediou o evento há quatro anos. Isso porque, como afirma o sindicalista sul-africano Eddie Cottle, diretor de políticas e de campanhas para a África e Oriente Médio da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (BWI, na sigla em inglês), ao contrário do que foi prometido antes do evento, a Copa do Mundo foi um desastre para o país africano, acarretando um rombo bilionário nos cofres públicos, superexploração de trabalhadores e aumento da desigualdade social. Nesta entrevista, Eddie fala sobre o verdadeiro legado que a Copa de 2010 deixou para os sul-africanos, tema de seu livro South Africa’s World Cup: A Legacy For Whom? (em português, Copa do Mundo da África do Sul: legado para quem?).
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Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Demian Melo mostra nesta entrevista que os tempos ditatoriais deixaram vestígios.
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João Tancredo é advogado e presidente do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (DDH), que tem atuado na defesa dos presos políticos das manifestações no Rio de janeiro. Nesta entrevista, ele diz que a legislação brasileira atual dá conta de todos os crimes eventualmente cometidos nas manifestações e defende que o que está por trás da proposta de lei antiterrorismo, que tramita no Congresso Nacional, são os interesses econômicos ligados à Copa do Mundo.
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Rafael Dias é advogado e pesquisador da Organização Não Governamental Justiça Global. Nesta entrevista, defende que o Brasil não precisa de uma legislação para crime de terrorismo e diz que o objetivo dessa lei é coibir as manifestações.
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O setor saúde se prepara para participar da 15ª Conferência Nacional de Saúde, marcada para acontecer este ano, em que se completam 25 anos da aprovação da lei que regulamentou o controle social no SUS, a 8.142/90; no fim de 2014, por sua vez, aconteceu a 2ª Conferência Nacional de Educação, que buscou formas de colocar em prática o Plano Nacional de Educação, finalmente aprovado depois de quatro anos de tramitação no Congresso. É nesse contexto que a professora de Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Cristina Paniago faz um balanço dessa forma de participação social no Estado. Para Cristina, o controle social não tem conseguido nem ao menos frear a supressão de direitos sociais conquistados anteriormente. Ela acredita que as formas tradicionais de participação política dos trabalhadores - incluindo o controle social, os sindicatos e movimentos sociais, entre outros - são inadequados para disputar espaço numa conjuntura marcada pela crise estrutural do capital, e defende que é preciso criar novas formas de organização dos trabalhadores que tenham como meta a construção de uma alternativa ao capitalismo, e não a busca de legitimação pelo Estado capitalista.
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O eixo II do documento de referência da Conferência Nacional da Educação (Conae) 2014 trata de Educação e Diversidade: Justiça Social, Inclusão e Direitos Humanos. É neste eixo que são apontadas questões sobre ações afirmativas em relação à garantia do acesso, da permanência e do direito à aprendizagem aos grupos historicamente excluídos. De acordo com o documento, políticas públicas existem, o que é necessário é a concretização das mesmas, junto à efetivação Plano Nacional da Educação (PNE), bem como a ampliação do financiamento, a efetivação do regime de colaboração entre os entes federados e maior articulação entre os sistemas de ensino, incluindo a instituição do Sistema Nacional de Ensino (SNE). A educadora Maria Cristina Vargas, uma das representantes do coletivo nacional de educação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) na Conae explica, nessa entrevista, como a educação no campo é discutida nesse espaço, além de detalhar quais são as necessidades dos trabalhadores do campo em relação à educação. De acordo com ela, o cenário hoje é desanimador: até agora são 37 mil escolas fechadas e uma proporção de uma escola construída para cada 100 fechadas, e é no campo onde está concentrada a maior taxa de analfabetos do país.
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A desmilitarização da polícia, uma das bandeiras das jornadas de junho, sempre foi uma das principais de Luiz Eduardo Soares, especialista em segurança pública, professor da UERJ e antropólogo. Nesta entrevista, o autor de mais de 20 livros, entre eles Tudo ou Nada, Elite da Tropa e Cabeça de Porco, explica o motivo de sua defesa, e aponta que este é apenas o primeiro passo para o caminho árduo de construção de uma sociedade "efetivamente democrática e comprometida com o respeito aos direitos humanos". Luiz Eduardo foi um dos principais elaboradores da PEC-51 - recentemente apresentada pelo senador Lindbergh Farias (PT/RJ) - que visa, segundo ele, reformar o modelo policial.