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direitos reprodutivos

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  • 05/05/2022 14h20 Reportagem

    Na contramão dos EUA, onde um documento vazado mostrou a disposição da Suprema Corte de voltar atrás na decisão que desde a década de 1970 autoriza o aborto, países da América Latina têm avançado nesse direito. A Colômbia foi o último a ter progressos na legislação e descrimininalizou o procedimento até a 24ª semana. Na Argentina, um ano após a aprovação, o desafio ainda é fazer a lei ser conhecida

  • 12/03/2020 11h56 Entrevista

    Uma canção de ninar embala cenas de jovens estudando e se divertindo, até que uma narração corta o clima, abruptamente: “Gravidez não combina com adolescência e traz consequências para toda a vida. Informe-se. Reflita. Converse com sua família. Planeje seu futuro e procure orientações numa unidade de saúde. Adolescência primeiro. Gravidez depois”. A peça publicitária, veiculada estrategicamente no início de fevereiro, mês do carnaval, faz parte da campanha contra a gravidez na adolescência ‘Tudo tem seu tempo’ e abre o Plano Nacional de Prevenção à Iniciação Sexual Precoce, encabeçado pelo ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e pelo ministério da Saúde. O material não faz menção ao uso da camisinha ou de qualquer outro método contraceptivo – não à toa. Como pano de fundo da campanha, ressurge uma política tão improvável no comportamento quanto infundada na teoria, como mostram experiências anteriores: a abstinência sexual. Embora o termo tenha sido evitado pelos ministros à ocasião do lançamento, os indícios são claros. Uma nota técnica da Pasta comandada por Damares, produzida no início do ano para orientar a publicidade, afirmava que o início precoce da vida sexual leva a “comportamentos antissociais ou delinquentes” e “afastamento dos pais, escola e fé”. Para esmiuçar a origem e consequências de tal medida e tentar compreender o contexto atual da abordagem sobre sexualidade na juventude, conversamos com Cristiane Cabral, professora do Departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade da Universidade de São Paulo (USP) e vice-coordenadora do Grupo Temático Gênero e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, a Abrasco. Pesquisadora das áreas de juventude, gênero, família, contracepção, reprodução e sexualidade, ela é taxativa: “É um pensamento reducionista achar que a iniciação precoce leva à gravidez não planejada”. E revela que o Brasil está há quase 15 anos sem realizar estudos aprofundados sobre reprodução e sexualidade que pautem as políticas públicas: “Estamos num mato sem lanterna”.

  • 09/03/2018 13h01 Acontece na EPSJV

    Escola Politécnica realiza, em parceria com a ENSP, dia de atividades com as mulheres da Feira Agroecológia Josué de Castro – Sabores e Saberes como parte da programação pelo Dia Internacional da Mulher

  • 08/03/2018 15h07 Entrevista

    Primeira mulher no Rio de Janeiro — e talvez no Brasil — a ter direito a visitas íntimas na prisão, após participação em um sequestro sem sucesso no Rio de Janeiro junto a militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN), no contexto da ditadura empresarial-militar, nesta entrevista a historiadora Jessie Jane Vieira de Souza, professora aposentada do Instituto de História (IH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) traz à tona o debate dos direitos das mulheres encarceradas e fala da luta contra o regime militar nas décadas de 1960 e 1970. Ela revela ao Portal EPSJV como foi passar nove anos em uma cadeia pública, “sem qualquer estrutura para as mulheres”, especialmente as grávidas, sob o julgo de homens “ultraconservadores”. Foi no cárcere, entre 1970 e 1979, onde também foi torturada, que ela concebeu, gestou e pariu sua filha, nascida em setembro de 1976. Ela ainda experimentou o hospital penitenciário, onde ficou em uma cela fechada durante quase dois meses.

  • 08/03/2018 12h09 Entrevista

    O estabelecimento de um Dia Internacional da Mulher, celebrado atualmente no dia 8 de março, deve muito à luta histórica das mulheres socialistas. É o que afirma a historiadora Rejane Hoeveler, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), que, nesta entrevista, resgata a história do protagonismo das mulheres socialistas nessa luta, desde o início do século 20. Protagonismo que, segundo ela, foi sendo deixado de lado ao longo das décadas, com a difusão de inúmeras versões que contam a origem desse dia passando ao largo da relação histórica que sempre existiu entre feminismo e socialismo. Rejane reafirma a necessidade de unificar as duas frentes, principalmente no atual cenário político, onde, em todo mundo, cresce a adesão a projetos políticos com propostas de extrema-direita e de cunho neoliberal. Na conjuntura brasileira atual, isso tem significado retrocessos nas políticas voltadas não só para os direitos das mulheres, mas para os direitos sociais como um todo. Para Rejane, o Dia Internacional da Mulher deve servir para promover esse debate, e reforçar a necessidade de união das forças políticas que se opõem à ofensiva conservadora sobre os direitos dos trabalhadores.

  • 07/03/2018 11h47 Reportagem

    Artigo apresenta reflexões com base na experiência e na pesquisa desenvolvida com as mulheres camponesas vinculadas ao Movimento de Mulheres Camponesas e na interação com coletivos de educação popular em saúde

  • 06/03/2018 14h42 Reportagem

    Mulheres seguem recebendo e tendo menos oportunidades que homens no mercado de trabalho. Mas está cada vez mais difícil fingir que essa diferença não existe

  • 05/03/2018 16h32 Acontece na EPSJV

    Coletivo Feminista da EPSJV discute a luta contra o machismo, pelos direitos das mulheres e pelo fim das desigualdades de gênero

  • 28/09/2017 16h57 Entrevista

    Hoje, 28 de setembro, comemora-se o Dia Mundial pela Descriminalização do Aborto. Daqui a cerca de duas semanas, outra data, que marca uma conquista concreta, também merece ser lembrada. Trata-se dos cinco anos de implantação da lei uruguaia de aborto. A legislação, sancionada pelo ex-presidente Jose Pepe Mujica no dia 17 de outubro de 2012, transformou o Uruguai no terceiro país da América Latina (depois de Cuba e México) a aprovar regras abrangentes sobre o tema. Rompendo o tabu e a resistência de setores conservadores da sociedade, a lei uruguaia salvou e salva milhares de vidas ao permitir que mulheres que decidiram interromper a gravidez recebam orientação e cuidado em serviços de saúde, quebrando o ciclo da clandestinidade, insegurança e silêncio que envolve o assunto. Nessa entrevista, o ginecologista Leonel Briozzo, que ocupou o cargo de vice-ministro da Saúde no governo Mujica, fala como foi a construção dessa nova política. Briozzo, que é professor da Universidade da República, faz um balanço dos resultados positivos.

  • 25/07/2015 10h39 Dicionário Jornalístico

    Danilo e Fellipe são casados e têm um filho adotivo, Daniel. Já Ana tem duas filhas nascidas por inseminação artificial de sua companheira, Marcela. Marcos e Débora também são casados, mas não têm filhos. Divorciados, Carlos e Maria têm um filho, Gabriel. Mariana, por sua vez, vive com a avó desde que os pais morreram quando ela era um bebê. Agora responda: quantas famílias você contou entre os exemplos acima? Cinco? Três? Nenhuma? Os exemplos são fictícios, mas servem para ilustrar os dilemas concretos levantados por um debate que tomou força a partir da proposição de um Projeto de Lei polêmico na Câmara dos Deputados, o PL 6853/13, conhecido como Estatuto da Família.