Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

undefined

Exibindo 1 - 7 de 7
  • 11/12/2025 13h59 Entrevista

    Milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades do país no último domingo (7/12) com o objetivo de denunciar a escalada de violência contra as mulheres no Brasil. O evento disparador dessa nova onda de manifestações foi o feminicídio de duas trabalhadoras do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) por um funcionário que, segundo os relatos apurados pela investigação, não aceitava ser chefiado por mulheres. Os números e as manchetes de jornais, no entanto, mostram que, enquanto o país se chocava com esse duplo feminicídio ocorrido dentro de uma instituição pública de ensino federal, várias outras mulheres seguiam sendo assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. Essa é, precisamente, a característica que diferencia o feminicídio do homicídio comum, como explica, nesta entrevista, a professora de Direito Penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciana Boiteux. O feminicídio foi reconhecido no Código Penal brasileiro em 2015, pela Lei 13.104, como uma “circunstância qualificadora” do homicídio. Quase dez anos depois, em 2024, a Lei 14.994 passou a identificá-lo como um crime autônomo, portanto, diferente dos homicídios. No geral, essas e outras mudanças que ocorreram ao longo do tempo também investiram no aumento de pena a quem cometesse esses crimes, mas, segundo a análise de Boiteux, que critica a ideia de que o maior punitivismo possa proteger as mulheres, o grande ganho de todo esse processo foi dar visibilidade a esses casos, permitindo a sistematização de dados que evidenciam o tamanho do problema. É a partir dessa percepção, inclusive, que ela se mostra cuidadosa ao analisar os números de pesquisas que, nos últimos anos, têm mostrado uma queda do número de homicídios acompanhada de um aumento do número de feminicídios. De todo modo, estudos comparativos mostram que o Brasil é o quinto país do mundo em número de feminicídios e, como destaca Boiteux, tem ganhado espaço na sociedade o discurso de ódio às mulheres fomentado no ambiente das redes sociais. Nesta entrevista, a professora da UFRJ explica a importância da caracterização do crime de feminicídio, discute criticamente os efeitos do punitivismo penal, defende a prioridade de medidas protetivas que previnam a violência contra a mulher e analisa a Lei 15.280/25, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 5 de dezembro.

  • 10/10/2025 11h35 Entrevista

    A primeira vez que uma equipe de reportagem da Escola Politécnica da Fiocruz entrevistou o professor Carlos Jamil Cury, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), foi em 2009, como parte do debate preparatório para a 1ª Conferência Nacional de Educação (Conae). Depois vieram muitas outras conversas e, em quase todas elas, o tema principal era a importância – e a expectativa – de que o Brasil instituísse um Sistema Nacional de Educação (SNE), capaz de articular as ações do governo federal, estados e municípios em relação à oferta, à organização pedagógica e ao financiamento da Educação no país. Realizada em 2010, aquela 1ª Conae mobilizou milhares de pessoas em torno do tema ‘Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, diretrizes e estratégias de ação’ e resultou em propostas concretas, mas nada se efetivou. Tantos anos depois, finalmente acaba de ser aprovado pelo Senado, no último dia 7 de outubro, o Projeto de Lei nº 235/2019, que cria o Sistema Nacional de Educação. O texto é de autoria do senador Flávio Arns (PSB-PR), foi modificado na Câmara dos Deputados em setembro, voltou para o Senado e agora, após aprovação do relatório da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), segue para a sanção presidencial. Nesta nova entrevista, Cury explica a importância dessa conquista, analisa os termos do projeto aprovado e historiciza a oposição que essa medida sofreu ao longo das décadas, mapeando, inclusive, os interesses divergentes que ainda permanecem em relação a alguns pontos, principalmente o financiamento.

  • 26/09/2025 12h56 Reportagem

    Representantes de entidades e movimentos sociais ligados à Saúde, Educação e Trabalho defendem que as pautas legislativas contestadas nas ruas no último dia 21 de setembro teriam efeito negativo também sobre essas áreas

  • 03/12/2024 10h43 Reportagem

    Iniciativa que mudou a organização da Atenção Básica no Brasil está fazendo ‘aniversário’

  • 03/06/2024 14h18 Reportagem

    Censo Escolar de 2023 mostrou que a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é responsável pela maior oferta de matrículas dessa modalidade na zona rural brasileira

  • 28/05/2021 12h30 Reportagem

    Mais de 300 entidades educacionais veem risco de aprofundamento das desigualdades sociais e educacionais com a regulamentação do chamado homeschooling

  • 26/08/2020 19h01 Entrevista

    Nesta entrevista, realizada para subsidiar uma matéria sobre Escola Unitária, o professor Paolo Nosella, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conta um pouco do cenário a partir do qual o italiano Antonio Gramsci desenvolveu esse conceito e, numa crítica à profissionalização precoce, polemiza com os educadores que defendem o ensino médio integrado à educação profissional.