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Leonardo Couto

Assembleia Geral dos discentes da EPSJV cria Conselho Estudantil

19/04/2022 15h20 - Atualizado em 01/07/2022 09h40

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Escola Politécnica lança Dicionário de Agroecologia e Educação

14/04/2022 10h29 - Atualizado em 01/07/2022 09h40

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Ministério da Saúde lança documento único para pacientes de doenças raras no Brasil

O Ministério da Saúde lançou, no começo de março, a Caderneta do Raro, o novo documento único para pacientes de doenças raras no Brasil. No Brasil, cerca de 13 milhões de pacientes têm doença rara

Segundo Regina Prospero, cofundadora do Instituto Vidas Raras, “a promessa é que ela nos traga, num documento único, informações como primeiro atendimento, quando aconteceu o diagnóstico, além de registros de serviços médicos, de educação, da assistência multidisciplinar e social de uma vida inteira”.

O documento deve acompanhar o paciente em serviços de saúde, internações, emergências, viagens, campanhas de vacinação, matrículas em creche, escola, associações e em qualquer outro momento de procura pelos serviços de assistência social. A caderneta também traz informações sobre o tratamento que o paciente segue para tratar o diagnóstico.

“Os pacientes e familiares ainda podem buscar nessa publicação os principais sinais e sintomas sobre as condições, além de dados importantes sobre acompanhamento e dicas importantes de como conquistar maior e melhor qualidade de vida e assim simplificar todo um atendimento, proporcionando celeridade neste setor”, afirma Prospero.

A caderneta também traz, nesse sentido, informações sobre alimentação saudável, vacinas, saúde bucal e marcos do desenvolvimento.

De acordo com Prospero, há anos a caderneta é uma demanda de associações e grupos de pacientes que trabalham para melhorar a condição de vida das pessoas com doença rara e suas famílias. 

“Outras medidas podem ser implementadas no mesmo sentido de melhorar a qualidade de vida deste rol de pessoas que estamos falando, enquanto a sociedade civil organizada trabalha e contribui de forma ativa junto aos governantes para que mais conquistas sejam e efetivadas com maior rigor e rapidez.”

Confira a propaganda do Ministério da Saúde:

https://www.youtube.com/watch?v=y1T541cJzps

Edição: Vivian Virissimo

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Repórter SUS

Novo sistema de ventilação permite maior segurança e conforto térmico na EPSJV

Novo sistema de ventilação permite maior segurança e conforto térmico na EPSJV

24/02/2022 16h44 - Atualizado em 01/07/2022 09h40

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) renovou, neste início de 2022, todo o sistema de ventilação das salas de aula para recepcionar os alunos e trabalhadores de forma segura no retorno presencial às aulas. Seguindo o Plano de Retorno da Escola, as salas de aulas foram adaptadas, com apoio da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic/Fiocruz), e com a adoção de medidas, baseadas em estudos nacionais e internacionais, que melhorassem a ventilação nesses ambientes.

EPSJV conclui retorno gradual às aulas presenciais do Ensino Médio

EPSJV conclui retorno gradual às aulas presenciais do Ensino Médio

22/02/2022 10h56 - Atualizado em 01/07/2022 09h40

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) concluiu nesta semana o retorno gradual às aulas presenciais dos alunos do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde integrado ao Ensino Médio. No dia 21 de fevereiro, as turmas do 1º e 2º ano voltaram ao ensino presencial, como já havia acontecido com as turmas de 3º e 4º anos e com os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), desde o dia 14 de fevereiro.

Fiocruz lança polos de testagem de covid-19 em favelas do Rio de Janeiro

Diante do aumento exponencial da variante ômicron no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e o projeto Conexão Saúde – De Olho na Covid, lançou polos itinerantes de testagem gratuita para a covid-19 em Manguinhos e na Maré, no Rio de Janeiro.

Com capacidade para testar 400 pessoas por dia em cada polo, o objetivo da iniciativa é diminuir a taxa de transmissibilidade nesses locais a partir do isolamento daqueles que positivarem para a doença e reduzir a demanda da população na rede de atenção primária de saúde.

Segundo Hermano Castro, pesquisador da Fiocruz e um dos coordenadores do novo projeto de testagem da Fiocruz, os testes são um direito da população “fundamental para a redução da velocidade da transmissão no Rio de Janeiro e no Brasil como um todo”.

A testagem se mostra fundamental “principalmente nesse momento de alta transmissibilidade, mesmo com casos assintomáticos e sintomáticos leves, o que traz uma pressão na atenção primária de saúde. O que tem ocorrido desde janeiro é um estrangulamento nas unidades de saúde da família, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nas emergências, porque mesmo com sintomas ainda leves, as pessoas procuram o serviço de saúde, até porque é necessário que se procure”, afirma Castro.

    “A ideia é que a gente possa avançar ainda mais e acoplar novas medidas ao projeto para que a gente possa atender plenamente essa população.”

O pesquisador da Fiocruz também explica qual será a atuação dos polos. “O polo de testagem tem esse papel de diagnosticar, mas também de orientar a população, com um conjunto de enfermeiros e técnicos capazes de dar orientações aos casos mais leves ou assintomáticos. Aos casos moderados ou graves, a enfermagem orienta a procura do médico. Nesses casos, estamos acoplados ao projeto Conexão Saúde, com telemedicina, onde é possível pegar orientação do próprio médico."

O projeto, que deve permanecer em funcionamento por pelo menos três meses a depender da evolução da pandemia no Brasil, visa o estabelecimento de dois a três polos por comunidade. Segundo Castro, isso reduz a mobilidade das pessoas dentro do próprio espaço, diminuindo as chances de contaminação de outras pessoas. “A ideia é que a gente possa avançar ainda mais e acoplar novas medidas ao projeto para que a gente possa atender plenamente essa população.”

De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, a pasta ampliou a capacidade de testagem em 48 vezes graças às parcerias feitas com a Fiocruz.

O serviço abre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, e aos sábados, das 8h às 12h, no Centro Comunitário de Defesa da Cidadania (Rua Leopoldo Bulhões 952 - CCDC Manguinhos) e no CIEP Ministro Gustavo Capanema (Vila dos Pinheiros - Maré), em caráter permanente, por enquanto. Na Academia Carioca (Praça da Cidadania, no Depósito de Suprimentos do Exército, Manguinhos), a testagem é itinerante.

Edição: Monique Santos

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Repórter SUS

Redução do prazo para doação de sangue pós-covid deve melhorar a situação dos bancos

Desde o último dia 25, pacientes que tiveram covid-19 precisam esperar 10 dias após a recuperação da doença para poder doar sangue. Antes, o prazo era de 30 dias. A atualização foi publicada em uma nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A espera de 10 dias vale para os pacientes com sintomas leves e moderados. Para os assintomáticos, o prazo deve ser observado com base na data da coleta do exame. Aqueles que tiveram contato com pessoas que testaram positivo devem esperar sete dias após o último dia de contato.

Segundo o diretor geral do Hemorio, Luiz Amorim, a atualização “ajudará muito”. Em suas palavras, “considerando o número gigantesco de casos da variante ômicron que tivemos no Rio de Janeiro e no Brasil, isso vai ajudar bastante. As pessoas não precisam mais esperar 30 dias. Então, a gente confia que isso vai ser realmente uma melhora importante” nos bancos de sangue.

Amorim explica que as campanhas para atrair doadores estão ocorrendo em diversas plataformas, desde as mais tradicionais, como doadores, até as redes sociais e aplicativos de transporte, por exemplo. Neste último, o diretor firma que estão sendo estabelecidas parcerias com esses aplicativos para que os usuários tenham desconto no deslocamento. "A gente acredita que isso é uma coisa que pode ter muito impacto na atração dos doadores.”
Durante a pandemia, houve queda de até 50% no número de doações em algumas regiões do Brasil  / Rodrigo Nunes / MS

É importante destacar que todas as medidas de segurança contra a covid-19 continuam em vigência no Hemorio, como o uso obrigatório de máscaras e distanciamento social. Amorim recomenda que os doadores podem marcar data e hora para a doação.

“Isso aumenta muito a segurança, as pessoas permanecem menos tempo na rua, podem se programar para pegar o transporte coletivo na hora que seja mais conveniente, faz com que tenham menos pessoas no Hemorio e fica mais fácil de garantir o distanciamento social”, afirma. O agendamento pode ser realizado pelo telefone 0800-2820-708 ou pela plataforma disponibilizada pela Prefeitura, onde também é possível obter outras informações. 

Edição: Vivian Virissimo

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Repórter SUS

Abrasco: Saúde erra ao lançar Programa Cuida Mais Brasil sem ênfase no trabalho em equipe

A Frente pela Vida, formada por 14 entidades científicas da saúde e bioética e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), publicou uma nota contra o Programa Cuida Mais Brasil, lançado no dia 6 de janeiro pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o governo federal, o programa tem o objetivo de fortalecer atendimento materno-infantil no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da inclusão de médicos pediatras, ginecologistas e obstetras na Atenção Primária à Saúde (APS).

Para a frente, no entanto, o governo federal “ignora o acúmulo de evidências, mais pronunciadamente desde a década de 1960, que apontam que médicas e médicos especialistas em APS – os/as Médicos/as de Família e Comunidade – obtêm melhores resultados de saúde do que vários especialistas atendendo uma mesma pessoa. (...) É importante ressaltar que não nos opomos a presença das especialidades médicas em questão em arranjos em que apoiam as equipes de saúde da família no cuidado às pessoas”. 

Nas palavras de Bernadete Perez, vice-presidenta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que compõe a Frente pela Vida, apenas contratar médicos pediatras, ginecologistas e obstetras não é suficiente para o avanço dos trabalhos na APS.

“É necessário pensar em uma política de pessoal específica para a atenção primária à saúde, com abrangência nacional, em gestão do trabalho. Isso não é carreira para médico, isso não tem a ver só com especialidade médica", afirma Perez.

"Isso tem a ver com trabalho em equipe fundamentalmente, uma política de formação, educação específica para a atenção primária. Tudo isso tem a ver com a capacidade de ampliar a ação para a proteção das mulheres, crianças e adolescentes, no âmbito da Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) e da atenção primária”

A vice-presidente não nega a necessidade de ampliar a equipe, mas, em sua visão, isso deve ser feito a partir da aplicação da clínica e da interdisciplinaridade entre as especialidades.

“Como qualificar e incrementar ações de vigilância, promoção, educação e saúde, pautado na atenção integral na saúde da mulher e a saúde da criança sem a NASF, sem trabalho em equipe, sem território? A partir de especialidades? O trabalho em equipe, o território e a relação entre as pessoas são fundamentais para que a gente tenha uma mudança nesse modelo fragmentado, de diversas especialidades que não se conversam.”

“É fundamental que a gente tenha agente comunitário de saúde, é fundamental que a gente não abra mão da enfermagem, das equipes de saúde bucal, equipes típicas de NASF, com composições diversas a partir da realidade necessidade dos territórios, perfis mais vinculados à saúde mental, à reabilitação, que a gente consiga ir compondo com os territórios e com a realidade brasileira a partir de uma integração com a equipe, não de forma fragmentada e orientada pelo mercado ou pelos interesses corporativos de algumas categorias médicas”, afirma Perez. 

Segundo Perez, que é médica sanitarista com residência médica em Medicina Preventiva e Social, os avanços concretizados na APS nos últimos anos foi possível graças à ênfase dada à  Estratégia Saúde da Família (ESF) que, entre outros pontos, prevê o estabelecimento de uma equipe multiprofissional, respeitando as demandas e as diversidades territoriais. 

Seguindo esse norte, a ESF chegou às populações rurais, ribeirinhas, quilombolas, originários, em situação de rua, privadas de liberdade, com cuidados coletivos.

A vice-presidenta da Abrasco ressalta que é preciso ampliar a cobertura da estratégia de saúde da família. "Para que a gente consiga chegar ao alcance da universalidade onde todos os brasileiros e brasileiras tenham uma equipe de saúde de para chamar de sua, uma equipe de saúde da família que seja responsável pelos seus cuidados individuais e coletivos", explica Perez.

Ela aponta, entretanto, que o contexto do programa Cuida Mais Brasil é de piora nas condições sanitárias do país.

“Eu diria que desde 2017 a gente vem sofrendo com inúmeras portarias, consultas públicas, medidas provisórias e programas diversos que têm atingido fundamentalmente esse modelo de atenção tão generoso, tão sustentador do Sistema Único de Saúde, que é APS”, afirma.

Para Perez, isso também é resultado de decisões que excluem as necessidades dos brasileiros. “A exclusão da sociedade civil das decisões políticas em relação à APS não tem sido novidade no Brasil antidemocrático que a gente tem vivido ultimamente", afirma. 

“Não é possível fortalecer elos com as redes de cuidado e proteção às mulheres, crianças, e adolescentes, sem as crianças, sem as mulheres. Além de ampliar o escopo de ações no cuidado integral em saúde da mulher e no cuidado integral à saúde da criança e adolescente, é preciso que essas pessoas sejam incluídas na decisão das políticas.”

Edição: Leandro Melito

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Repórter SUS

Vacinação de crianças começa no Brasil

O Brasil vacinou a primeira criança contra a covid-19 na última sexta-feira (14), no Hospital das Clínicas de São Paulo. Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, que tem uma doença motora rara e faz tratamento no hospital, recebeu a primeira dose do imunizante da Pfizer, o único que tem autorização no país para ser aplicado em crianças.  

No estado paulista, a campanha de vacinação infantil irá ocorrer de forma escalonada, em ordem decrescente, entre as crianças de 11 a cinco anos, a partir da próxima segunda-feira (17).

A imunização com as doses da Pfizer em crianças foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e European Medicines Agency (EMA), da Europa.

Vacinação sob protestos

O estado é o primeiro a iniciar a campanha infantil, sob protestos do governo federal. O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não irá vacinar sua filha, Laura Bolsonaro, de 11 anos.

“Eu espero que não haja interferência do Judiciário, porque a minha filha não vai se vacinar”, disse o presidente ao conversar com a imprensa, em Santa Catarina, no fim de dezembro. Para o capitão reformado, a vacinação de crianças não se justifica, uma vez que, segundo ele, o índice de mortes de crianças para a covid-19 não é grande.

Segundo um levantamento feito pelo Correio Braziliense, de março de 2020 até agora, pelo menos 324 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência da covid-19, somente de acordo com os registros civis que estão no Portal da Transparência.  

Para Ligia Giovanella, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz) e integrante da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a atuação do governo federal foi “criminosa” ao atrasar o acesso à vacinação de crianças contra a covid-19 no Brasil. 

Agora é necessário “pressionar o Ministério da Saúde para a compra de vacinas de número suficiente para proteger todas as nossas crianças”.

Para completar o esquema vacinal de todas as crianças brasileiras, com duas doses, são necessárias 40 milhões de doses. Até o momento, o Ministério da Saúde encomendou 20 milhões. O primeiro lote, com 1,2 milhão de doses chegou na última quinta-feira (13). A pasta espera receber todas as doses até março.De acordo com Giovanella, a vacinação infantil é extremamente importante, pois “protege principalmente contra casos graves e mortos de crianças. Mas a vacinação também ajuda no controle da pandemia, uma vez que a infecção de crianças contribui pra circulação do vírus”.

Para a pesquisadora, “as escolas, os professores e as professoras podem e devem auxiliar no processo de vacinação em cooperação com as unidades básicas de saúde em todo o país, com comunicação clara e incentivando os pais a levarem suas crianças para vacinar. Milhares de equipes de saúde da família participam do programa de saúde nas escolas e podem fazer essa articulação”.

Acesso a testes rápidos 

Giovanella acredita que, além da vacinação das crianças, é necessário reforçar a vigilância epidemiológica nas escolas para o início do ano letivo. Isso inclui, em sua visão, “principalmente acesso a testes rápidos de antígeno, pois permitem a identificação oportuna dos casos e evitam, assim, os surtos nas escolas”.

“Em diversos países europeus, desde o retorno das aulas presenciais, são disponibilizados testes rápidos para os alunos. Na Alemanha, por exemplo, desde o início do ano passado são disponibilizados gratuitamente testes rápidos de antígeno para os alunos das escolas. Hoje, no Brasil, o ideal seria disponibilizar gratuitamente autotestes nas escolas”, afirma.

Na noite desta quinta-feira (13), o Ministério da Saúde enviou à Anvisa um documento com informações para a aprovação do autoteste para detecção da covid-19 no Brasil. Até o momento, a indicação é que o teste, no entanto, não será distribuído gratuitamente para a população.

Nas palavras do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, "o Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes".

"A locação desse recurso para aquisição de autotestes para distribuir à população em geral pode não ter o resultado da política pública que nós esperamos", afirmou.

Edição: Leandro Melito

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Repórter SUS

Fiocruz inaugura biobanco de amostras relacionadas à covid-19 para desenvolvimento de pesquisas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou, no Rio de Janeiro, o Biobanco Covid-19 (BC19-Fiocruz), que auxiliará na concepção e condução de pesquisas, desenvolvimento tecnológico e ensaios clínicos relacionados ao novo coronavírus, a partir do armazenamento de até 1,5 milhão de amostras de materiais biológicos humanos e não humanos.

Segundo Manuela da Silva, gerente do Biobanco Covid-19, “essa é uma iniciativa pioneira, que representa uma resposta concreta à demanda urgente do Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionando uma estrutura pioneira em um momento de emergência sanitária”. 

O objetivo, explica Silva, é disponibilizar uma infraestrutura biotecnológica para o armazenamento seguro, legal e rastreável de materiais relacionados ao coronavírus e suas variantes. O Biobanco começará a receber material biológico no início de 2022. Após o fim da pandemia, o banco passará a trabalhar com outros vírus.

“O Biobanco é também o resultado de um antigo projeto para implantar o centro de recursos biológicos de saúde da Fiocruz. Desde 2010, a Fiocruz vinha trabalhando em uma proposta para estruturar o CLB Saúde, que é uma coleção de culturas, que seria constituída por vírus, bactérias, fungos e protozoários de interesse taxonômico, epidemiológico e biotecnológico”, afirma.

Para a pesquisadora, “fortalecer o complexo econômico industrial da saúde, visando a redução da dependência internacional do Brasil, preservar e dar acesso a materiais biológicos humanos de representantes da biodiversidade e seus dados associados” irá contribuir para “o enfrentamento de novos cenários de emergência sanitária”.

O empreendimento de pouco mais de mil metros quadrados de área recebeu um investimento de R$ 40 milhões do Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. 

Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, destacou que “essa é uma plataforma que chega para reforçar o enfrentamento à pandemia e a preparação frente a novas emergências sanitárias. Foi um trabalho conjunto que envolveu toda Fiocruz pensando no futuro da vigilância e da saúde pública no Brasil”.

Edição: Leandro Melito

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Repórter SUS