ECA
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29/08/2025 11h36 Entrevista
Violência e acidentes de trânsito são as duas principais causas de morte de jovens no Brasil. Os dados são do Informe ‘Violência e Acidentes’, que acaba de ser divulgado pela Fiocruz, como parte de uma série de boletins sobre a situação de saúde da juventude brasileira. Confirmando o diagnóstico que outros estudos já vinham apontando, a pesquisa mostra que 48% dos óbitos na juventude se devem à agressão, número que sobe para 50,6% quando se trata especificamente dos homens. Já entre as mulheres de 15 a 29 anos, as agressões ocupam o segundo lugar no ranking de mortalidade, com 28,8%, seguida pelo suicídio (identificado no texto como “lesões autoprovocadas voluntariamente”). Em primeiro lugar, nesse caso, estão os acidentes de transporte, responsáveis pela morte de 31,3% das mulheres jovens. Entre os homens, essa causa de óbito ocupa a ‘vice-liderança’, com 21%. Apesar disso, os homens jovens representam 84% das vítimas de acidentes fatais. Uma das novidades desse novo Informe – que é parte de uma série que vem mapeando as condições de adoecimento e óbito da juventude a partir dos sistemas de informação do SUS, o Sistema Único de Saúde –, é a constatação de que grande parte desses acidentes envolve motociclistas: 53% entre os homens e 40% entre as mulheres. É a partir dessa pista, que pode apontar novas determinações da relação entre trabalho e mortalidade na juventude, chamando atenção para a atuação dos jovens na prestação de serviços de aplicativos, que a socióloga Helena Abramo desenvolve as análises que você lerá nesta entrevista. Ela acompanha de perto essa série de boletins produzidos pela Fiocruz e, inclusive, coordenou, junto com os pesquisadores responsáveis pelo Informe recém-divulgado, um estudo anterior, publicado em 2023, com o título ‘Panorama da situação dos jovens brasileiros: interseções entre Juventude, Saúde e Trabalho’. Nesta conversa com o Portal EPSJV/Fiocruz, Abramo parte desses e outros dados do Informe para analisar as condições de trabalho dos jovens e sua relação com a saúde. Fala sobre a sobrecarga que costuma marcar essa fase da vida, com o acúmulo de estudo, emprego e cuidado doméstico, defende a importância do Breque dos APPs e do Movimento VAT, Vida Além do Trabalho, na visibilidade de problemas que atingem principalmente os jovens.
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22/08/2025 11h26 Entrevista
Diante de uma mobilização nacional, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 20 de agosto, o Projeto de Lei nº 2.268/2022, que trata da proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. Num país que caminhava a passos lentos na direção da regulação das redes sociais e plataformas digitais, foi um grande avanço. Tudo começou com o vídeo do influenciador Felipe Bressanim, conhecido como Felca, que denunciou processos de “adultização” e sexualização de crianças e adolescentes nas redes sociais. No momento em que este texto está sendo escrito, o vídeo já tinha alcançado mais de 50 milhões de visualizações, gerando reações imediatas na mídia, nas organizações da sociedade civil e no parlamento. No que diz respeito aos riscos da exposição de crianças e adolescentes tanto ao excesso de tela quanto aos algoritmos e à lógica de monetização das plataformas digitais, tudo começou muito antes. Não é de hoje que pesquisadores e entidades de diversas áreas apontam a relação desse novo cenário com problemas como o aumento da violência nas escolas e danos à saúde de crianças e adolescentes. Nesta entrevista, a médica Evelyn Eisenstein, assessora de Políticas Públicas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica por que adolescentes são um ‘público’ mais vulnerável a esse ambiente digital, enumera os problemas físicos, mentais e psicossociais relacionados a ele, defende a necessidade de campanhas públicas sobre o tema e denuncia os interesses das chamadas big techs. Ela é também coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Digital, da SBP, criado em 2016, e participou ativamente da mobilização pela aprovação do PL 2.268. Modificado pelos deputados na Câmara, o texto voltará para apreciação do Senado, que foi sua Casa legislativa de origem.
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17/07/2025 15h37 Reportagem
Estatuto da Criança e do Adolescente orienta ações protetivas nos serviços de saúde e pressiona por políticas públicas voltadas para esses segmentos
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15/07/2015 8h00 Reportagem
Proposta de redução da maioridade penal coloca em xeque avanços nos direitos de crianças e adolescentes trazidos pelo Estatuto aprovado há 25 anos.
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09/11/2010 9h00 Reportagem
Medidas para crianças e adolescentes em conflito com a lei polarizam debates sobre o ECA
- Tópicos:
- ECA,
- direitos sociais
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09/11/2010 9h00 Reportagem
Propostas de aumento da idade para início do trabalho contrastam com exploração do trabalho infantil no Brasil
- Tópicos:
- juventude,
- ECA,
- estatuto da juventude