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“Seja solidário”. Pense em quantas vezes você já não escutou algo do tipo. Muitas não? Exemplos não faltam: é só começar a fazer frio que surgem campanhas chamando atenção para a importância da solidariedade por meio de ações de distribuição de roupas e cobertores para os carentes; em dezembro, época de Natal, a solidariedade prega que nos lembremos daqueles que não têm ceia nem brinquedos. Hoje a solidariedade é uma noção que é citada frequentemente em programas assistenciais do governo, por empresas com “responsabilidade social”, organizações não governamentais (ONGs), entidades religiosas, partidos, sindicatos e que está presente também na concepção de políticas orientadas pela lógica do interesse coletivo, como o SUS, que é estruturado a partir de recursos arrecadados de todos os brasileiros, desde os que precisam utilizar frequentemente os serviços até os que necessitam deles com menor frequência. Mas estarão todos falando da mesma coisa?
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O que é, o que faz e quais os principais dilemas do STF no Brasil
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Há 30 anos, nascia oficialmente um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Concomitantemente à promulgação da Constituição Federal de 1988, foi instituído o Sistema Único de Saúde, o SUS. O artigo 196 afirma: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Fruto de mobilização e pressão social, o direito definido constitucionalmente garantiu acesso universal aos serviços de saúde em todos os níveis, em todas as regiões, respeitando as diferenças.
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De acordo com o verbete ‘sustentabilidade’ do Dicionário da Educação do Campo, essa ideia surge como contraponto ao desenvolvimento sustentável, que teria perdido sua capacidade questionadora ao apagar as contradições entre os interesses nacionais, empresariais e sociais envolvidos na crise ambiental
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É possível que todo mundo tenha uma ideia, mais ou menos intuitiva, do que significa esse termo: sabemos que, quando se fala de celular, computador, internet, jogos virtuais e televisão, tudo isso é tecnologia. “Na verdade, essa é uma daquelas coisas que as pessoas entendem com facilidade quando você diz a palavra, mas existe uma dificuldade muito grande em definir e, sobretudo, em ter uma definição que sirva para todos”, diz Valter Filé, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
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"Tecnologia Social compreende produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social”. Esta é a definição brasileira mais conhecida sobre o termo. Abrangente, não? Talvez essa abrangência seja proposital, por ter sido criada pela Rede de Tecnologia Social (RTS), que envolve diversos segmentos da sociedade civil, desde empresas a movimentos sociais, como explica o vice-coordenador do Núcleo de Solidariedade Técnica (Soltec) do Departamento de Engenharia Industrial do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Celso Alvear. “O conceito, da forma como está construído, é muito amplo e pode ser apropriado de diversas formas. Cada um pode dizer que o que está fazendo é transformação social. Toda tecnologia de alguma forma faz algum tipo de transformação social, seja para o bem ou para o mal. Como esta definição foi feita por uma rede muito grande composta por atores heterogêneos e com diferentes visões, a expressão acabou por abarcar diferentes frentes, se transformando em uma coisa bastante fluida”, explica.
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Para seus defensores, o crescimento do chamado Terceiro Setor trouxe uma possibilidade de ampliação da democracia e de atuação sobre as mazelas sociais para fazer frente à “ineficiência” e ao esvaziamento da capacidade de intervenção social do Estado. Já para quem o critica, essa denominação acoberta um processo de esvaziamento político das lutas sociais e de retirada de direitos dos trabalhadores, garantidos, no contexto brasileiro, pela Constituição de 1988.
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“Todos os grandes princípios do Sistema Único de Saúde têm um reflexo no território”. A afirmação de Christovam Barcellos, geógrafo e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), evidencia a importância da compreensão do conceito de território para que se consiga fazer, na prática, aquilo que as políticas de saúde vêm preconizando: segundo Barcellos, universalização, descentralização e integralidade estão diretamente relacionados à ideia de território.
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Um homem jovem, mulçumano, com a mente orientada para o mal e disposto a qualquer sacrifício pessoal, inclusive a própria morte. A simplificação é grosseira, mas é um resumo do que muita gente tem na cabeça quando o assunto é terrorismo. Embora o que seja considerado um terrorista atualmente, principalmente após os recentes atentados em Paris ou o 11 de setembro em Nova York, guarde alguma relação com as características acima, a definição de terrorismo está muito longe de se resumir em um estereótipo de homem-bomba.
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O trabalho educa. E não só a apertar parafuso ou aplicar injeção. Na ideia de trabalho como ‘princípio educativo’, que faz esse conceito ser tão importante para o campo da educação profissional, o trabalho ajuda a formar para a liberdade e a transformação da vida e das condições sociais