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Entrevista

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  • 27/07/2016 10h42 Entrevista

    Na entrevista em que adiantou a jornalistas os pontos principais da reforma trabalhista que será proposta pelo governo interino, o ministro provisório do trabalho, Ronaldo Nogueira, citou a flexibilização da CLT para garantir a prevalência do negociado (entre patrões e empregados) sobre o legislado e a regulamentação da terceirização. Nesta entrevista, realizada antes desse anúncio, mas já prevendo o caráter das medidas que comporiam a reforma, o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Germano Siqueira, rebate os argumentos do empresariado que estão sendo encampados pelo governo interino, defende a CLT e reafirma a importância de uma legislação que proteja o trabalhador como o lado mais fraco da relação capital-trabalho

  • 26/07/2016 9h51 Entrevista

    Uma manchete informava que 50% da população brasileira preferiam a permanência de Michel Temer na presidência e apenas 3% queriam a realização de novas eleições. Os números, alardeados nas páginas da Folha de S. Paulo, um dos maiores jornais brasileiros, mostravam uma diferença enorme em relação aos resultados das pesquisas anteriores. Houve quem desconfiasse. O correspondente internacional Glenn Greenwald publicou um texto contestando os dados, outros jornalistas se engajaram na apuração, desvendando inclusive os números não divulgados pelo Instituto Datafolha, responsável pela pesquisa. E foi aí que o país assistiu àquele que pode entrar para a história como um dos maiores casos de manipulação explícita de informação na imprensa brasileira. Classificando o episódio como “fraude jornalística”, os repórteres mostraram que, na pergunta que tratava sobre a convocação de novas eleições, 62% dos entrevistados se mostram a favor e 30% contra. Os 3% estampados nas páginas da Folha referiam-se apenas àqueles que citaram espontaneamente as eleições como alternativa numa pergunta que, na verdade, dava apenas duas opções: a permanência de Temer ou a volta de Dilma. Em matéria que tentava responder à polêmica, o editor-executivo do jornal disse que não houve “fraude” e que o jornal tem o direito de escolher os dados da pesquisa que julgar mais relevantes para noticiar. Em coluna publicada no domingo 24 de julho, a ombudsman da Folha – cuja função é fazer leitura crítica do veículo – afirmou que o jornal errou e “persistiu no erro”. Nesta entrevista, o professor Afonso de Albuquerque, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que estuda a relação entre mídia e política, comenta o episódio, cita outros casos semelhantes e faz uma análise sobre o papel das pesquisas de opinião e o comportamento da imprensa brasileira na crise que resultou no impeachment.

  • 25/07/2016 11h51 Entrevista

    Pesquisadora das áreas de saúde e seguridade social e coordenadora do Programa de Estudos sobre a Esfera Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) analisa propostas e ações práticas do Ministério Interino da Saúde

  • 20/07/2016 14h06 Entrevista

    A cada declaração, uma polêmica. Essa tem sido a rotina do ministro interino da saúde, Ricardo Barros, que em quase dois meses de gestão provisória colecionou controvérsias destacadas nas páginas dos principais jornais. Semana passada, num evento da Associação de Médicos Brasileiros, ele afirmou que há excesso de exames desnecessários no SUS, já que a maioria dos usuários que procuram serviços de saúde não tem doença alguma, apresentando apenas um quadro psicossomático. Mas a fala recente que mais tem mobilizado as instituições de saúde e o movimento sanitário em geral veio na forma de uma proposta concreta: facilitar a criação de planos de saúde populares, mais baratos e com cobertura mais limitada, como estratégia para economizar recursos, diminuindo o uso do sistema público e universal de saúde brasileiro. Embora em entrevista ao Estadão Barros tenha desqualificado as críticas que vinham dos professores universitários porque eles não entendiam nada de mercado, o Portal EPSJV/Fiocruz procurou a professora universitária e médica sanitarista Ligia Bahia para analisar a proposta e discutir as concepções de saúde e os interesses por trás dela.

  • 06/07/2016 11h48 Entrevista

    André Búrigo, sanitarista e professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), fala sobre a Lei 13.301/2016, sancionada semana passada pelo presidente interino, que abre a possibilidade de pulverização aérea de agrotóxicos sobre cidades para controle do Aedes aegypti. “Esta proposição é absurda. Trata-se de uma ação química contra população, é um ato violento. Demonstra que setores do agronegócio não têm limites e Ricardo Barros, ao se omitir, participou da aprovação desta medida”, critica.

  • 05/07/2016 14h28 Entrevista

    O pesquisador da área de educação e reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro faz um balanço sobre a concepção de educação presente nos documentos, no discurso e nas primeiras ações do governo interino de Michel Temer. A entrevista compõe o especial 'Ataque aos direitos', da Revista Poli.

  • 09/06/2016 15h53 Entrevista

    Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) de todo o Brasil se reuniram em Brasília nos dias 8 e 9 de junho para participarem de manifestações e uma audiência pública contra as portarias 958 e 959 do Ministério da Saúde. As portarias, por enquanto suspensas, mas não revogadas, retiram a obrigatoriedade da presença dos ACS nas equipes de Saúde da Família. Nesta entrevista, Fernando Cândido, presidente da Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Fenasce), entidade ligada à CUT, critica a falta de diálogo com os trabalhadores na definição da medida, classificada como nociva para a população.

  • 09/06/2016 15h46 Entrevista

    Ilda Angélica Correia, presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Conacs), que participou em Brasília (nos dias 8 e 9 de maio) da mobilização dos ACS contra as portarias 958 e 959, fala sobre as ações da categoria para tentar impedir o retrocesso na política de Atenção Básica.

  • 24/05/2016 16h55 Entrevista

    Os jornais desta semana noticiaram o anúncio, pelo ministro da Fazenda interino, Henrique Meirelles, de um pacote de medidas para reduzir o déficit nas contas públicas do governo. No pacote, além da reforma da Previdência e outras medidas que afetam diretamente o financiamento de direitos sociais, como a educação e a saúde, está prevista uma flexibilização dos direitos do trabalho para permitir que os acordos coletivos entre sindicatos e patrões se sobreponham ao que diz a legislação trabalhista. Além disso, o governo provisório se articula para garantir a aprovação do projeto que regulamenta a terceirização, aprovado na Câmara dos Deputados no ano passado, que inclui as chamadas atividades-fim das empresas. O sociólogo Ricardo Antunes, professor da Universidade Estadual de Campinas, defende, nesta entrevista, que essas medidas significam uma demolição dos direitos do trabalho no Brasil. Segundo ele, essa agenda, que representa os interesses de entidades do empresariado como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) — um dos polos de sustentação do governo provisório de Temer —, aprofunda no Brasil um processo que ele chama de precarização estrutural do trabalho, que afeta os trabalhadores em um nível global. A partir de exemplos de vários países, o sociólogo desconstrói o argumento de que é preciso flexibilizar direitos trabalhistas para retomar o crescimento econômico e reduzir o desemprego. “Isso é uma falácia”, critica.

  • 24/05/2016 16h29 Entrevista

    O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é a ponte entre a comunidade e o serviço de saúde. É assim que o ACS da Clínica de Saúde Escola Germano Sinval Farias, Fábio Falcão Monteiro, define sua profissão. Além do trabalho de monitoramento e visita às famílias em Manguinhos, região de favelas na zona norte do Rio de Janeiro, Fábio tem se desdobrado nos últimos dias em mais uma atividade: participar de mobilizações para buscar o apoio da sociedade na luta contra as recentes portarias (958 e 959) do Ministério da Saúde que retiram a obrigatoriedade da presença dos ACS nas equipes de Saúde da Família os substituindo por auxiliares ou técnicos de enfermagem. Acompanhado de vários colegas, e com abaixo-assinado debaixo do braço, Fábio esteve no último sábado no 1º Encontro Popular de Saúde do Rio de Janeiro, onde a luta ganhou mais apoio e visibilidade. Apesar de as portarias terem sido suspensas depois da reação negativa, ele explica, nesta entrevista, que a mobilização é para que as medidas sejam revogadas. O agente comunitário conta também um pouco sobre o dia a dia do trabalho e os outros desafios dos ACS.