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EM SOLIDARIEDADE À UFRJ E EM DEFESA DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS

A direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz, se solidariza com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e seu corpo de dirigentes, trabalhadores e estudantes que, além de terem uma perda incalculável com o incêndio do Museu Nacional, ainda vêm sofrendo uma campanha de acusações baseada em desinformações disseminadas na imprensa. O que se vê é um verdadeiro desserviço à sociedade brasileira, com a publicação de informações sem a apuração e checagem que deve caracterizar um jornalismo sério e comprometido com os interesses coletivos.

Junto com a UFRJ – instituição parceira da Fundação Oswaldo Cruz e fundamental para o ensino e a pesquisa mais avançada que o Brasil produz -, são atacadas as instituições e os servidores públicos. Como é de amplo conhecimento, a despesa com salários e aposentadorias de servidores públicos não faz parte do orçamento gerido pelo reitor ou qualquer outro gestor de instituição pública. Logo, o compromisso com a verdade dos fatos exige que se afirme, sem relativizações, que o orçamento da maior universidade federal do país vem caindo substancialmente, como foi comprovado com dados didaticamente apresentados pela reitoria. Vale ressaltar, inclusive, que essa não é uma realidade apenas da UFRJ: tem atingido praticamente todas as instituições públicas de ensino e pesquisa, prejudicando enormemente as políticas educacionais, o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia e a preservação do patrimônio cultural do país.

Igualmente lamentável é ver a solidariedade necessária num momento triste como este da vida nacional ser substituída pelo oportunismo que sustenta a crítica genérica - sem concretude, sem análises sérias e sem mediações - ao gasto com servidores públicos, como se fosse essa a causa da crise que assola o Estado brasileiro hoje. No sentido contrário desse denuncismo sem dados, os relatos de servidores do Museu Nacional arriscando a própria integridade física durante o incêndio para tentar salvar o patrimônio público que eles diariamente ajudam a construir causam comoção e identificação na sociedade. Este, sim, é o retrato do serviço público brasileiro que resiste.

Este é, portanto, um momento de demonstrar toda a nossa solidariedade às instituições públicas que, apesar do desfinanciamento e dos sucessivos ataques, conservam ainda o que há de melhor no ensino, na produção científica e na cultura deste país. Um trabalho que não se faz sem gestores sérios e trabalhadores comprometidos com o coletivo.