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Educação ambiental

Projeto realizado pela Escola Politécnica, em parceria com a Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz, busca conscientizar estudantes e trabalhadores
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 19/05/2016 15h04 - Atualizado em 01/07/2022 09h46

Em um mundo cada vez mais descartável, a produção de lixo só aumenta. Mas o que uma pessoa “joga fora”, na verdade, vai para algum lugar e se acumula como lixo. Muitas vezes, esse material é reciclável e pode gerar emprego e renda para diversos trabalhadores, além de reduzir o lixo no ambiente. Com o objetivo de conscientizar alunos e trabalhadores sobre isso, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), está desenvolvendo o projeto ‘Revitalização da Coleta Seletiva na EPSJV’, em parceria com a Diretoria de Administração do Campus (Dirac) da Fiocruz. O projeto segue os princípios dos 4 Rs da reciclagem - Reduzir, Repensar, Reutilizar e Reciclar.

A coleta seletiva já existe na Fiocruz há alguns anos, mas está sendo revitalizada pela Dirac com o objetivo de dar mais visibilidade à iniciativa. Na EPSJV, além de fazer a revitalização, o projeto foi ampliado para promover outras ações de educação ambiental entre estudantes e trabalhadores.

Como parte do projeto, serão realizados treinamentos e palestras com os alunos e trabalhadores nos dias 16 e 23 de junho, explicando os objetivos da iniciativa e como todos podem participar. Também em junho, está prevista uma palestra específica para os trabalhadores do serviço de limpeza da Escola.

Para dar mais visibilidade à coleta seletiva, as lixeiras coloridas que são usadas para a coleta de lixo reciclável receberão novos adesivos. Além disso, os alunos irão confeccionar lixeiras novas para as salas de aula, com a separação por cores de acordo com o tipo de material reciclável, utilizando caixas de papelão. Hoje, as salas de aulas contam com apenas uma lixeira para todos os tipos de resíduos.

Outra ação que está sendo desenvolvida em parceria com os alunos tem o objetivo de reduzir o uso de copos descartáveis entre trabalhadores e estudantes. “Além de conscientizar as pessoas sobre a importância de não usar copos descartáveis e, assim, gerar menos lixo, o grêmio estudantil vai vender canecas para incentivar as pessoas a não usarem os descartáveis”, diz Mônica Murito, professora de Biossegurança e Boas Práticas Laboratoriais da EPSJV, que coordena o projeto na Escola junto com a nutricionista Taísa Machado.

Mônica observa ainda que o projeto se insere na orientação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que orienta que seja feita educação ambiental nas escolas. “Nas minhas aulas, já abordo esse tema com os alunos, mas com o projeto, vamos expandir para todos os estudantes e trabalhadores da escola”, conta Mônica, que, todos os anos, leva os alunos do 1º ano da Habilitação Técnica de Análises Clínicas para uma visita ao Centro de Reciclagem da Fiocruz.

Além da coleta dos resíduos das lixeiras de coleta seletiva, a EPSJV propôs à empresa que presta o serviço de Bandejão para os alunos da Escola que passassem a separar o lixo orgânico produzido e o óleo de cozinha. “Levamos os funcionários do Bandejão para uma visita ao Centro de Compostagem da Dirac e eles ficaram encantados”, conta Taísa. Diariamente, uma equipe da Dirac vem até à Escola Politécnica para coletar o lixo orgânico, que é encaminhado para o Centro de Compostagem da Fiocruz, e o óleo de cozinha, que é enviado para reciclagem em cooperativas que produzem sabão a partir do óleo usado. A equipe do Bandejão também separa as embalagens recicláveis de produtos utilizados na preparação dos alimentos.

Educação alimentar

Também em parceria com o Bandejão, a EPSJV está promovendo um projeto de educação alimentar entre os estudantes. Diariamente, o Bandejão serve café da manhã, almoço e lanche da tarde para os alunos da Escola. O cardápio proposto pelo Bandejão é supervisionado pela nutricionista da EPSJV e recebe também sugestões do Grêmio Estudantil. “Os cardápios são balanceados, com a oferta de saladas todos os dias e alimentos integrais. Duas vezes por semana, são oferecidos doces caseiros de sobremesa. Não usamos temperos insdustrializados e a oferta de frituras e embutidos é bem reduzida”, explica Taísa.

Educação ambiental

Como parte do projeto, também serão realizadas oficinas com os alunos. Uma delas será para a construção de uma horta suspensa, com a utilização de garrafas PET para o plantio das mudas. “Será uma horta de temperos e chás, que, inicialmente, serão utilizados pela bandejão”, conta Taísa.

Outra ação do projeto é estimular, principalmente entre os trabalhadores, a separação do lixo de material de escritório, pois a Dirac encaminha esse material para reciclagem. Também será instalado na Escola um coletor de pilhas e baterias, que serão encaminhados para reciclagem pela Fiocruz.

Coleta Seletiva

A coleta seletiva foi implantanda na Fiocruz em 2008, nos últimos anos, visando dar mais visibilidade ao projeto, a Dirac vem fazendo a revitalização da coleta seletiva em algumas unidades da Fundação. “O processo de reciclagem diminui a poluição do solo, da água e do ar, além de reduzir o custo de produção e diminuir a exploração de recursos naturais e o problema com o descarte de resíduos”, explica Jorge Cariuz, educador ambiental do Departamento de Gestão Ambiental da Dirac, que desenvolve o projeto na EPSJV, junto com as também educadoras ambientais Thays Carvalho e Patrícia Jeane.

Desde 2008, por meio do Programa de Coleta Seletiva Solidária, a Dirac já encaminhou para a reciclagem mais de mil toneladas de resíduos da Fiocruz, que atende o Decreto 5.940/06, que determina que os resíduos recicláveis gerados em instituições públicas sejam doados para associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. “A Fiocruz beneficia diretamente 16 famílias, gerando emprego e renda para essas pessoas. Por outro lado, a Fundação também economiza gastos, pois a coleta não gera custos para a instituição. Dessa forma, a iniciativa cumpre os aspectos principais da sustentabilidade, sendo uma atividade economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa”, diz Jorge.

Também pelo Programa de Coleta Seletiva Solidária e do Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais (Prove), a Fiocruz já encaminhou mais de 29 mil litros de óleo de cozinha usado para reciclagem.

Ecoponto

A Fiocruz possui um Ecoponto dentro do campus Manguinhos, no Rio de Janeiro, que recebe lixo reciclável (plástico, papel, vidro, equipamentos eletrônicos, pilhas, baterias, entre outros) e óleo de cozinha usado. Nesta semana, no dia 17 de maio, instituído como Dia Mundial da Reciclagem, foi realizado um evento especial no Ecoponto da Fiocruz para estimular a entrega de material reciclável pelos trabalhadores do campus.
O Ecoponto está localizado ao lado do prédio da EPSJV, no Campus Manguinhos, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

 

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