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EPSJV inicia formação de técnicos de vigilância em saúde

Curso é realizado em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e qualificará 160 trabalhadores em sua primeira etapa
Raquel Júnia - EPSJV/Fiocruz | 07/02/2012 09h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47




Agentes de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) do Rio de Janeiro iniciam neste mês o Curso Técnico de Vigilância em Saúde, oferecido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro. O curso, que será concluído em dezembro deste ano, formará em uma primeira etapa 160 trabalhadores técnicos. A aula inaugural do curso foi realizada no dia 3 de fevereiro e contou com a participação, além dos agentes e professores da EPSJV, da coordenadora pedagógica do curso, Grácia Gondim, do diretor da EPSJV, Mauro Gomes, e do superintendente de Vigilância em Saúde da SMSDC, Márcio Garcia.



 



Mauro Gomes destacou o ineditismo do curso, já que atenção básica e vigilância em saúde nem sempre são prioridades nas secretarias de saúde. "O Rio de Janeiro está dando um bom exemplo ao Brasil", comentou, acrescentando que o curso será construído a partir de uma perspectiva de constante diálogo com os trabalhadores. "Esse curso só dará certo se houver a adesão e o esforço dos alunos e isso depende do diálogo constante entre alunos, professores e coordenadores do curso", destacou.



 



"Essa formação técnica será um legado que ficará para os trabalhadores e para a saúde do município", destacou Márcio Garcia, que falou também sobre o esforço mútuo da SMSDC e da EPSJV para realizar o curso e reafirmou a necessidade de que o investimento nos trabalhadores se transforme em boas práticas de saúde.



 



De acordo com Grácia Gondim, o curso é uma concretização de uma das diretrizes da 8ª Conferência Nacional de Saúde e também da 1ª Conferência Nacional de Recursos Humanos em Saúde, que indicam a necessidade de qualificar a força de trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a coordenadora destacou que a iniciativa também corrige uma "injustiça histórica" de poucas oportunidades de formação para trabalhadores de nível médio. Grácia comentou ainda que o curso atende a uma ordenação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, que tem o plano de formar nos próximos anos 200 mil trabalhadores na área de Vigilância em Saúde. "Estamos também assumindo um compromisso com o fortalecimento do SUS e a reorganização da atenção e do cuidado em saúde", pontuou. Ela comentou também sobre o que o curso pode representar para cada um dos trabalhadores. "Com o diploma de técnico, o horizonte se amplia para vocês".



 



As cinco primeiras turmas iniciarão as aulas no dia 27 de fevereiro, em Núcleos de Apoio à Docência (Nads) de cinco localidades da cidade - Jardim América, Barra, Santa Cruz, Centro e Irajá. Os alunos serão liberados do trabalho 24 horas por semana para se dedicarem às aulas, que serão realizadas três vezes por semana. A carga horária total do curso é de 1.468 horas, sendo que os trabalhadores poderão aproveitar 400 horas do curso de qualificação profissional que já realizaram, no âmbito do Proformar-Rio, e também 60 horas de trabalho prático já realizado. A previsão é que mais cinco turmas do curso sejam iniciadas ainda no primeiro semestre de 2012. Além do corpo docente da EPSJV, os alunos terão aulas com mais cem professores selecionados exclusivamente para o curso.



 



Valorização dos trabalhadores



 



Ainda durante a aula inaugural, os alunos do curso e futuros técnicos de Vigilância em Saúde expressaram preocupações sobre o aproveitamento deles como técnicos pela SMSDC, pois, após a conclusão do curso, passarão a ter essa formação. Além disso, lembraram a importância de suas carreiras serem valorizadas por meio de um plano de cargos, carreiras e salários que permita um reconhecimento do trabalho que desempenham. Os trabalhadores também fizeram algumas sugestões e observações aos representantes da SMSDC, que anotaram os pleitos e se comprometeram a discutir as questões levantadas pelos agentes. Ao final das discussões, os alunos aceitaram uma sugestão da própria Secretaria para formarem uma comissão com representantes de todas as turmas e, desde já, começarem o diálogo com os gestores.