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EPSJV promove festival de música e teatro

Festival reuniu as turmas do segundo e terceiro ano do Ensino Médio em oficinas e apresentações musicais e teatrais. Banda El Efecto encerrou o evento
Portal EPSJV - EPSJV/Fiocruz | 24/07/2018 10h21 - Atualizado em 01/07/2022 09h45

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, no dia 12 de julho, o Festival ‘Som e Cena’, com a participação de alunos do Ensino Médio integrado à educação profissional e de trabalhadores da Escola Politécnica, em oficinas e apresentações musicais e teatrais. O evento foi iniciado com a apresentação musical de alunos do terceiro ano da habilitação em Gerência em Saúde, que tocaram diversos instrumentos, interpretaram músicas e apresentaram a peça ‘Inquietações de um adolescente’ – o roteiro foi construído pelos próprios alunos que decidiram discutir questões de saúde mental através de depoimentos de pessoas próximas. O segundo ano da habilitação em Biotecnologia encenou o conto de origem japonesa ‘A arte do gato maravilhoso’ e apresentou as músicas ‘Canto do povo de um lugar’, de Caetano Veloso e ‘A rã’, de João Donato. Já os estudantes do segundo ano das habilitações de Gerência em Saúde e Análises Clínicas encenaram a peça ‘O (nosso) baile’, baseada no filme ‘O baile’, uma comédia musical dirigida por Ettore Scola. Com muita música e expressão corporal, os alunos adaptaram o roteiro e incluíram cenas que remetem ao cotidiano dos jovens. ‘Canção da paz’ e ‘Guerra por paz’ foram as músicas escolhidas para apresentação da turma. O festival foi encerrado com a banda El Efecto, que apresentou músicas do disco ‘Memórias do Fogo’.

Jeanine Bogaerts, professora de Música da EPSJV/Fiocruz, destacou a importância da disciplina de Artes no currículo escolar, que, segundo ela, tem sido atacada constantemente por uma legislação que, na esteira da Reforma do Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tenta retirar ou diminuir seu papel nos currículos do país. Para Jeanine, o Som e Cena é construído como um espaço de crítica a uma sociedade cada vez mais fragmentada, racista e homofóbica, que acha que a escola que permite que seus alunos pensem é uma escola que tem partido. “Esperamos fortalecer nossa luta por uma sociedade mais justa, que não oprima e não silencie. Tenho certeza de que são espaços como esse, que valorizam a arte e suas expressões, que contribuem de forma efetiva na busca por práticas de resistência social e cultural e nos afastam de estereótipos e preconceitos”, destaca. “Através da Arte, podemos dar o nosso recado sobre ou para o mundo em que vivemos. Esse é um espaço privilegiado de discussão que nos faz pensar as nossas histórias através de tantas outras histórias”, acrescenta Helena Vieira, professora de Teatro da Escola.

Para Maria Luísa Seabra, aluna do segundo ano do Ensino Médio integrado à habilitação de Análises Clínicas, em meio a tantos problemas sociais, políticos e econômicos, a arte é um suspiro: “Ter isso na escola é um aconchego, é um espaço onde a gente tem voz. É uma forma de a gente dissipar o cansaço e mostrar o que aprendemos nas aulas”. “O Som e Cena é uma chance para nós, alunos, nos divertirmos, nos expressamos, praticarmos o trabalho em grupo e adquirirmos até algumas habilidades, como experiência e técnica. Assim como no conto ‘A arte do gato maravilhoso’, no qual essas habilidades formaram um bom guerreiro, nossa Escola faz de nós boas pessoas e bons estudantes”, afirma Ana Luiza Hygino, aluna do segundo ano do Ensino Médio da habilitação em Biotecnologia.

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