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EPSJV promove roda de conversa em parceria com Museu da Vida

Estágio em museus de ciência foi tema do encontro que reuniu estudantes de diversas universidades do Rio de Janeiro na Fiocruz
Portal EPSJV - EPSJV/Fiocruz | 29/08/2018 15h21 - Atualizado em 01/07/2022 09h44

‘O Estágio em museus de ciência: o museu como espaço de produção de conhecimento e formação’ foi o tema da roda de conversa promovida, no dia 27 de agosto, pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), em parceria com o Museu da Vida da Fiocruz. A palestrante convidada foi a professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cap-UFRJ), Isabel Van Der Ley Lima. No encontro, que reuniu estudantes de diversas universidades do Rio de Janeiro e profissionais da Fiocruz, a professora apresentou a sua tese de doutorado, que investigou os processos de formação que ocorrem com alunos bolsistas de Ensino Médio e de graduação durante o estágio em museus de ciência.

Em sua fala, Isabel trouxe a definição de iniciação científica que, segundo ela, é o processo em que o aluno vivencia o cotidiano da pesquisa em laboratórios ou grupos de pesquisa e que foi criada com a ideia inicial de acelerar o processo de formação de pesquisadores. “Gosto de pensar que em qualquer momento da história da humanidade em que haja produção de conhecimento científico, e tenha um aprendiz acompanhando, está acontecendo iniciação científica”, apontou Isabel.

Depois de ouvir profissionais de diversos museus do Rio de Janeiro, Isabel ressaltou que a maioria deles contempla bolsas de iniciação científica e de extensão. “Em relação às atividades desenvolvidas por esses bolsistas, a principal diferença é que o bolsista de extensão já tem o projeto antes de entrar. Já o bolsista de iniciação, geralmente, define o trabalho na conversa com o orientador”, caracterizou. Ao final desse estágio, Isabel destacou ainda que a maioria dos museus utiliza relatórios individuais feitos pelos estudantes como forma de avaliação.

Como conclusão da tese, Isabel destacou que a iniciação científica e a extensão são processos formativos que podem acontecer simultaneamente e que museus de ciência parecem ser um espaço potente para que essas diferentes formações acadêmicas aconteçam em diálogo.  “Independente do tipo de bolsa, há uma tentativa nos museus de formar pesquisadores no campo da educação museal e da divulgação da ciência”, concluiu.

Provoc

Na Fiocruz, o Programa de Vocação Científica (Provoc) é coordenado pela EPSJV, desde 1986, quando foi criado. Desde 2000, o Museu da Vida passou a ser parceiro do programa e já recebeu mais de 40 bolsistas do Provoc, que é uma proposta educacional de iniciação científica na área da saúde para jovens que cursam o Ensino Médio, com o objetivo de estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa. O Provoc é dividido em duas etapas: Iniciação e Avançado. Na etapa Iniciação, cuja duração é de um ano, os alunos se familiarizam com as principais técnicas e objetos de pesquisa de Ciência e Tecnologia em Saúde. Na etapa Avançado, com duração de dois anos, o aluno desenvolve um subprojeto de pesquisa com o seu orientador, passando por todas as etapas de execução de um projeto de pesquisa em Ciência e Tecnologia em Saúde.