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EPSJV promove seminário sobre Educação de Jovens e Adultos

Evento teve palestras, oficinas, apresentações de trabalhos e atividades culturais para trocar experiências sobre a EJA
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 27/10/2016 09h32 - Atualizado em 01/07/2022 09h45

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu nos dias 19 e 20 de outubro o I Seminário EJA Manguinhos: Histórias, Sujeitos e Políticas. A programação do evento inclui palestras, rodas de conversa, apresentações de trabalhos, oficinas e atividades culturais com o objetivo de estabelecer uma rede de diálogo entre os diferentes sujeitos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) – estudantes, educadores e demais interessados – para trocar experiências e construir conhecimentos que contribuam para a reflexão sobre a EJA. O evento foi organizado pela equipe da Educação de Jovens e Adultos da EPSJV (EJA-Manguinhos).

“O seminário buscou criar um espaço de discussão entre os diferentes sujeitos da EJA, a fim de construir e trocar reflexões sobre a especificidade dessa modalidade de ensino, a partir de temáticas como políticas públicas, metodologias de ensino, práticas pedagógicas, avaliação do processo de ensino-aprendizagem e educação territorializada”, explicou Vinícius Pereira, professor de Língua Portuguesa do Programa de Educação de Jovens e Adultos da EPSJV.

Na abertura do evento, no dia 19, foi realizada a mesa-redonda “Educação de Jovens e Adultos na contemporaneidade”, com Ana Paula de Abreu, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Maria Luiza Pinho Pereira, professora aposentada da Universidade de Brasília (UnB) e do Fórum EJA-DF. Em suas falas, as professoras destacaram os desafios da EJA no panorama político atual, que tem sido marcado por projetos como o Escola sem Partido e a tentativa de aprovação da PEC 241, que diminui drasticamente os recursos do governo federal para a educação, entre outras áreas. Além disso, as professoras debateram sobre a necessidade de um projeto de educação destinado aos estudantes trabalhadores dialogar com as especificidades dos sujeitos dessa modalidade de ensino. Por fim, elas lembraram que qualquer projeto educacional está diretamente ligado a um projeto de sociedade, negando, portanto, a possibilidade de uma educação neutra.

No dia 20 de outubro, foi realizada a apresentação dos 17 trabalhos selecionados para o evento, divididos em quatro eixos temáticos: Educação territorializada; Metodologias de ensino em EJA; Avaliação do processo de ensino-aprendizagem em EJA; e Políticas públicas e sujeitos da EJA.

Após a apresentação dos trabalhos, foram realizados grupos de discussão sobre dois temas: “Desafios e diversidade na EJA” e “O atual momento político e seus reflexos em nosso cotidiano”. Em seguida, aconteceram as oficinas com os alunos da EJA sobre temas diversos como mecanismos de reprodução de opressões que são comumente naturalizados nos espaços de educação, bem como em outros âmbitos sociais; construção de maquetes; jornal escolar na EJA; elaboração de atividades didáticas; e leitura sonorizada.

No encerramento do seminário, todos foram convidados a cantar o samba “Evoé”, música composta pelos alunos da EJA-Manguinhos, que homenageia algumas mulheres que passaram ou ainda tem ligação com a EJA-Manguinhos.

“O seminário foi um importante momento de troca entre diferentes EJAs e muito esperado por todos nós que participamos da EJA-Manguinhos. A idéia de organizar um seminário era antiga e poder realizá-lo foi muito satisfatório, pois esse evento celebra e fortalece o projeto político educacional da EJA-Manguinhos. Foi muito bom receber em nossa escola outras pessoas que pensam e fazem Educação de Jovens e Adultos. Além disso, perceber o envolvimento de nossos alunos na organização do evento e a empolgação deles durante as atividades foi muito gratificante, avaliou Jeanine Bogaerts, professora de Música da EPSJV e uma das organizadoras do evento.